Café: Bolsa de Nova York cai pela quarta sessão seguida e vencimentos ficam próximos de US$ 1,40/lb
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) voltaram a fechar em baixa nesta terça-feira (7) ainda em acomodação técnica e com pressão das informações sobre o clima no Brasil, que pode melhorar a condição da colheita neste ano. Essa é a quarta sessão seguida de queda. Com a queda, alguns vencimentos já estão próximos de US$ 1,40 por libra-peso.
O contrato março/17 encerrou o dia cotado a 139,00 cents/lb com 65 pontos de queda, o maio/17, referência de mercado, anotou 140,70 cents/lb com desvalorização de 75 pontos. Já o vencimento julho/17 encerrou o dia a 143,00 cents/lb com recuo de 75 pontos e o setembro/17, mais distante, também caiu 75 pontos, a 145,30 cents/lb. Na véspera, as cotações da variedade tiveram queda próxima de 200 pontos.
O mercado do arábica seguiu volátil na sessão, como nos últimos dias, na Bolsa repercutindo os mesmos fatores, sem muitas novidades fundamentais. "Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE fecharam em queda nesta terça-feira, em uma sessão sem novidades, com o predomínio das atividades técnicas", disse em seu relatório diário o analista de mercado da Origem Corretora, Anilton Machado.
Além dos ajustes gráficos, a agência de notícias Reuters acrescenta que as perdas foram intensificadas com os preços chegando abaixo de médias móveis de longo prazo, bem como as expectativas de produção abundante do arábica.
Além da acomodação das cotações, a melhora do clima no Brasil, maior produtor e exportador do mundo, também contribuiu para a baixa nas cotações. "Chuvas recentes no Sul de Minas Gerais, São Paulo e Paraná melhoraram um pouco a umidade, mas a seca ainda é uma preocupação generalizada em todo o cinturão do café", disse o MDA Information Systems sobre o Brasil à Reuters.
Apesar de operar em baixa durante o dia, o dólar comercial também repercute no mercado e segue acima de R$ 3,10 com operadores monitorando informações externas e a cena política no Brasil. A divisa fechou a sessão com queda de 0,22%, cotado a R$ 3,1201 na venda.
Mercado interno
Os negócios no Brasil seguem lentos nas principais praças de comercialização do país. O cenário mercadológico só piorou diante das quedas recentes. "Os produtores que ainda possuem café disponível para negociações continuam aguardando na expectativa de melhores preços, mas o que vem ocorrendo é o contrário, preços mais fracos a cada dia", disse Anilton Machado ontem (6).
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação no dia em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 540,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Varginha (MG) com R$ 515,00 a saca e queda de 2,83%.
O tipo 4/5 anotou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com 536,00 a saca – estável. A oscilação mais expressiva no dia dentre as praças ocorreu em Franca (SP) com baixa de 1,96% e saca a R$ 500,00.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação na Média Rio Grande do Sul no dia com R$ 505,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu no Oeste da Bahia com baixa de 2,91% e saca a R$ 500,00.
Na segunda-feira (6), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 490,09 com queda de 0,45%.
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