Café: Bolsa de Nova York segue em baixa nesta tarde de 3ª feira sem novidades nos fundamentos
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) seguem em baixa nesta tarde de terça-feira (7) com os operadores ainda de olho no câmbio e nas informações sobre o clima no Brasil. Além disso, os preços também realizam ajustes técnicos depois de caírem abaixo de US$ 1,45 por libra-peso. Essa é a quarta sessão seguida de baixa.
Por volta das 12h17 (horário de Brasília), o contrato março/17 anotava 139,65 cents/lb com 160 pontos de queda, o maio/17, referência de mercado, registrava 141,30 cents/lb com recuo de 15 pontos. Já o vencimento julho/17 estava cotado a 143,55 cents/lb com queda de 20 pontos e o setembro/17, mais distante, também tinha queda de 20 pontos, a 145,85 cents/lb. Na véspera, os vencimentos caíram cerca de 200 pontos.
As cotações do café arábica seguem em ampla volatilidade nos últimos dias apenas repercutindo os mesmos fatores, sem muitas novidades fundamentais. "A verdade é que as cotações não estão encontrando forças para recuperar o espeço perdido nos últimos dias, o mercado deve trabalhar dentro do range de 140,00 e 145,00 cents/lb na Bolsa norte-americana", disse ontem (6) em seu relatório diário o analista de mercado da Origem Corretora, Anilton Machado.
Apesar de operar em baixa nesta tarde, o dólar comercial segue acima de R$ 3,11 com operadores monitorando informações externas e cena política no Brasil. Às 11h09, a moeda norte-americana caía 0,38%, vendida a R$ 3,1149 após fechar em alta na véspera.
A melhora do clima no Brasil, maior produtor e exportador do mundo, também contribui para a baixa nas cotações. "Chuvas recentes no Sul de Minas Gerais, São Paulo e Paraná melhoraram um pouco a umidade, mas a seca ainda é uma preocupação generalizada em todo o cinturão do café", disse o MDA Information Systems sobre o Brasil à Reuters.
No Brasil, por volta das 09h23,o tipo 6 duro era negociado a R$ 467,00 a saca de 60 kg em Poços de Caldas (MG) – estável, em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis a R$ 478,00 a saca e em Espírito Santo do Pinhal (SP) estava sendo cotado a R$ 500,00 a saca. Os negócios seguem lentos nas principais praças de comercialização do país.
"Os produtores que ainda possuem café disponível para negociações continuam aguardando na expectativa de melhores preços, mas o que vem ocorrendo é o contrário, preços mais fracos a cada dia", disse Anilton Machado.
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