Café: Após altas e baixas na sessão, cotações do arábica realizam lucros em NY e caem 100 pts nesta 4ª
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) oscilaram entre altas e baixas durante a sessão desta quarta-feira (22). No entanto, o campo negativo acabou prevalecendo no fim dos negócios diante da fraqueza técnica do mercado para avançar acima do patamar de US$ 1,55 por libra-peso e realizações de lucros. Diante disso, os preços externos da variedade encerram uma sequência de quatro valorizações consecutivas.
O contrato março/17 fechou o dia cotado a 149,20 cents/lb com 115 pontos de baixa, o maio/17 anotou 150,90 cents/lb com desvalorização de 95 pontos. Já o vencimento julho/17 encerrou o dia cotado a 153,20 cents/lb com recuo de 90 pontos e o setembro/17, mais distante, caiu 95 pontos, a 155,45 cents/lb. Na véspera, as cotações do arábica subiram mais de 200 pontos.
"Após a alta verificada ontem, tivemos hoje um dia de realização", disse o analista de mercado da Origem Corretora, Anilton Machado. Além disso, segundo agências internacionais, os preços externos do grão também demonstraram fraqueza técnica para avançarem acima do patamar de US$ 1,55/lb.
Durante o dia, o mercado do arábica também acompanhou o câmbio e as informações sobre o clima no cinturão produtivo do Brasil, maior produtor e exportador da commodity no mundo, e chegou a subir cerca de 50 pontos no início da tarde.
"As chuvas em São Paulo no fim da semana passada mantiveram a umidade adequada para o crescimento do grão, mas a seca ainda é muito difundida no restante da faixa produtora de café. As condições devem continuar secas nesta semana, mas chuvas previstas no período de 6 a 10 dias devem proporcionar algum alívio nos próximos dias", disse à Reuters o serviço de meteorologia norte-americano MDA Information Systems.
O dólar comercial fechou o pregão desta quarta com queda de 0,65%, cotado a R$ 3,0705 na venda, aguardando a decisão do Fed (Federal Reserve), banco central dos Estados Unidos, sobre os juros no país. As oscilações do dólar impactam diretamente nas exportações da commodity e consequentemente nos preços do grão.
Mercado interno
Os negócios nas principais praças de comercialização do Brasil seguem isolados ainda que os preços sigam próximos do patamar de R$ 500, 00 a saca. "Mercado interno do café tem dia de poucos negócios e grandes emoções. Paralisações param rodovias no Espírito Santo e Bahia", disse em seu boletim diário o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães. Essas manifestações são motivadas pela possibilidade do Brasil importar café robusta do Vietnã. O presidente Michel Temer, no entanto, suspendeu provisoriamente a medida que seria inédita na história do país.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação no dia em Guaxupé (MG) com R$ 555,00 a saca e queda de 0,89%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com R$ 544,00 a saca e recuo de 0,91%.
O tipo 4/5 anotou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com 544,00 a saca e baixa de 0,91%. A oscilação mais expressiva no dia dentre as praças ocorreu em Varginha (MG) que teve valorização de 0,99% e saca a R$ 510,00.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação no dia em Franca (SP) com alta de 0,94% e saca a R$ 535,00. A maior oscilação dentre as praças no dia ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com queda de 1,92%, cotada a R$ 510,00 a saca.
Na terça-feira (21), o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta, tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 510,59 com alta de 1,83%.
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