Café: Bolsa de Nova York recua quase 200 pts nesta 5ª com clima e março/17 perde patamar de US$ 1,50/lb
Após iniciarem o dia em alta, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) passaram a registrar queda próxima de 100 pontos nesta tarde de quinta-feira (2) e o vencimento março/17, referência de mercado, voltou a ficar abaixo do patamar de US$ 1,50 por libra-peso. O mercado segue repercutindo as informações sobre o clima no Brasil e o câmbio. Mas também acompanha indicadores técnicos e a atuação dos fundos de investimentos e especuladores.
Por volta das 13h48, horário de Brasília, o contrato março/17 registrava 148,35 cents/lb com 180 pontos de queda, o maio/17 anotava 150,75 cents/lb também com 180 pontos de desvalorização. Já o vencimento julho/17 estava cotado a 153,10 cents/lb com recuo de 175 pontos e o setembro/17, mais distante, operava com baixas 165 pontos a 155,45 cents/lb. Na véspera, os preços externos da variedade fecharam com queda próxima de 50 pontos.
De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, as cotações do arábica subiam na ICE pela manhã em ajustes de posições em aberto e davam sequência aos ganhos da véspera. Por outro lado, "chuvas devem reaparecer no radar do sudeste. Cenário climático já mudou e indica chuva" e os preços da variedade voltaram a cair no terminal externo.
O clima melhorou em muitas áreas produtoras do grão no país no últimos dias. O INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) aponta que nos próximos três dias o acumulado de chuvas pode ficar entre 20 e 50 milímetros no Paraná e 10 e 40 milímetros no Oeste de São Paulo, Baixa Mogiana e Sul de Minas Gerais. "O clima muito mais úmido no período de 6 a 10 dias em Minas Gerais deve levar a melhoras significativas, favorecendo o crescimento dos frutos", disse a MDA Information Systems à Reuters.
O dólar comercial opera em queda nesta quinta-feira ante o real acompanhando a falta de sinalização do Fed (Federal Reserve), banco central dos Estados Unidos, sobre um novo aumento dos juros. Às 13h09, a moeda norte-americana caía 0,857%, vendida a R$ 3,123. As oscilações cambiais influenciam diretamente nas exportações da commodity.
No Brasil, por volta das 09h57, o tipo 6 duro era negociado a R$ 520,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP) – estável, em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis a R$ 521,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estava sendo cotado a R$ 520,00 a saca.
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