Café: Produtores de Minas Gerais alegam dificuldade na contratação do Pronaf Custeio; BB trabalha para solução
Cafeicultores de Minas Gerais que tentaram acessar nesses primeiros dias de 2017 o Pronaf Custeio (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), linha de crédito destinada para despesas da produção agrícola e pecuária no país, tiveram dificuldades e saíram das agências do Banco do Brasil no estado sem o recurso subsidiado pelo governo.
"O banco faz todo o procedimento necessário para aquisição do Custeio do Pronaf, porém, no final de cada cadastramento o gerente precisa realizar um check-list da documentação, quando chega na parte do seguro o sistema não autoriza a liberação do crédito sem explicação", disse o cafeicultor de São Pedro da União (MG), Fernando Barbosa, que passou pelo contratempo. "Isso está acontecendo em outros municípios de Minas Gerais porque recebi a reclamação de outros conhecidos também", afirma.
O produtor está preocupado com a situação, pois as lavouras de café da safra comercial 2017/18 devem estar prontas para colheita nos próximos meses. "Sem esse crédito a atividade pode ficar comprometida", explica Barbosa. O Pronaf, segundo informações do Banco do Brasil, é destinado a produtores familiares e tem limite financiável de até R$ 250 mil por beneficiário, no ano agrícola, com taxa de juros de 2,5% ao ano.
Sem dar mais detalhes sobre o problema e prazos, a Assessoria de Imprensa do Banco do Brasil informou através de nota que o caso "trata-se de situação pontual, sem impacto a público geral, com solução já em andamento". A situação deve ser resolvida nos próximos dias. Já a Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário disse não saber sobre problemas com linhas de crédito em Minas Gerais.
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