Café: Bolsa de NY estende ganhos da véspera nesta 3ª feira e vencimentos se aproximam de US$ 1,50/lb
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta próxima de 100 pontos nesta tarde de terça-feira (10) e estendem os ganhos registrados na véspera. O mercado segue em alta com a volta dos fundos de investimento, as oscilações no câmbio e, principalmente, ajustes técnicos depois que os preços testaram os menores patamares em seis meses. Com esse novo avanço, os preços externos do grão já estão próximos do patamar de US$ 1,50 por libra-peso.
Por volta das 12h32, horário de Brasília, o contrato março/17 estava cotado a 145,60 cents/lb com alta de 140 pontos, o maio/17 subia 135 pontos e operava a 147,90 cents/lb. Já o vencimento julho/17 anotava 150,10 cents/lb com 125 pontos de valorização, enquanto o setembro/17, mais distante, também tinha avanço de 125 pontos, e estava cotado a 152,20 cents/lb.
Além dos ajustes técnicos e da atuação dos fundos de investimento no mercado, o câmbio segue contribuindo para a valorização dos preços externos do arábica. Às 11h50, a moeda norte-americana caía 0,084%, vendida a R$ 3,1940. As oscilações na moeda estrangeira impactam diretamente as exportações da commodity e, consequentemente, os preços internos e externos do grão. O dólar mais baixo desencoraja os embarques e pode contribuir para um ajuste na oferta global de café.
De acordo com o Escritório Carvalhaes, com sede em Santos (SP), os fundamentos também são altistas para o mercado. No entanto, o cenário político e econômico mundial também traz incertezas para a commodity. "No café, os fundamentos: consumo em alta, baixos estoques mundiais, incertezas climáticas, término dos estoques brasileiros - maior produtor e exportador mundial, além de segundo maior consumidor, que agora passa a depender apenas de sua produção anual – apontam para mais um ano de preços sustentados e em alta. O cenário político e econômico dificulta uma visão mais clara do que acontecerá com o mercado", explicou em relatório.
No Brasil, os negócios com café seguem isolados mesmo com os preços batendo na casa de R$ 500,00 a saca. Por volta das 09h33, o tipo 6 duro era negociado a R$ 520,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP) – estável, em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis a R$ 501,00 a saca e em Varginha (MG) estavam sendo cotados a R$ 515,00 a saca. "Apesar do preço atrativo, são registrados poucos negócios no Brasil. Muitos produtores já venderam seus cafés em momentos de preços mais altos do que isso", afirmou na semana passada o especialista em café da INTL FCStone Brasil, Thiago Ferreira.
Na segunda-feira (9), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 504,40 com queda de 0,20%.
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