Café: Setor produtivo discute importação do grão e elabora carta para ministro Blairo Maggi; veja o documento

Publicado em 20/12/2016 10:36

Produtores de café e entidades representativas do setor se reuniram na segunda-feira (19), no auditório do CCCMG (Centro do Comércio de Café do Estado de Minas Gerais), em Varginha (MG), para uma reunião sobre a importação de café proposta pela indústria brasileira, a qual são contrários, pois, segundo o setor a medida poderia trazer prejuízos financeiros e fitossanitários para a cadeia. O ministro da agricultura Blairo Maggi suspendeu por 30 dias qualquer decisão sobre o assunto até que seja feita uma avaliação minuciosa dos estoques.

Durante o encontro foi elaborada uma carta dos produtores e autoridades presentes com foco na questão da importação, que será enviada para o ministro da agricultura. Também está no documento outros assuntos que preocupam o setor, como o pedido de opções com no mínimo 30% da produção nacional, alerta ao governo na questão da segurança patrimonial e segurança agrícola e segurança no caso de intempéries climáticas. (Veja o documento na íntegra abaixo)

"O assunto está sob análise e ainda será discutido. No entanto, acredito que o momento crítico já passou e que o ministro entendeu as dificuldades que os produtores vêm passando", afirma o presidente da Associação dos Sindicatos dos Produtores Rurais do Sul de Minas, Arnaldo Bottrel, que esteve presente na reunião.

Café: Setor produtivo discute importação do grão e elabora carta para ministro Blairo Maggi - Foto: Luiz Valeriano

Setor produtivo se reuniu no CCCMG (Centro do Comércio de Café do Estado de Minas Gerais) - Foto: Luiz Valeriano

Além de produtores e lideranças políticas, também estiveram presentes na reunião representantes de importantes entidades do setor como Breno Mesquita, representando a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária), Archimedes Coli Neto - CCCMG (Centro do Comércio de Café do Estado de Minas Gerais), Fernando Barbosa - CCAMOG (Conselho do Café da Associação da Micro Região da Baixa Mogiana), Armando Mattiello - Sincal (Associação Nacional dos Sindicatos Rurais das Regiões Produtoras de Café e Leite), Carlos Paulino - Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé, e outros.

A proposta de importação de café conilon foi feita por representantes da indústria de café solúvel e torrado e moído em novembro. Eles pedem que o processo seja autorizado por um período determinado (janeiro até maio) e limite de até 250 mil sacas por mês, acima disso seria cobrada uma alíquota de até 35%. "Isso permite que a atividade da indústria continue e que o país não perca sua importante condição no mercado global", ressalta afirma o diretor-executivo da Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café), Nathan Herszkowicz.

O Brasil, maior produtor e exportador de café do mundo, tem apresentado consecutivas quebras na safra de conilon no Espírito Santo, que tem a maior produção da variedade no país, e que foi afetada por seguidas seca. Nos últimos meses, com a escassez do grão para a confecção de seus produtos, a indústria brasileira de café torrado e moído utilizou alguns tipos de café arábica de menor qualidade como substitutivo. Porém, a de café solúvel não tem alternativa.

» Clique e entenda todos os detalhes sobre a questão da importação de café

Veja a carta na íntegra:

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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