Café: Bolsa de Nova York trabalha sem direcionamento definido nesta 6ª feira após queda de 200 pts na véspera
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) trabalham sem direcionamento definido nesta tarde de sexta-feira (16). Após recuar mais de 200 pontos na véspera, o mercado já realizou ajustes técnicos pela manhã, mas voltou ao território negativo com os operadores no terminal externo atentos ao clima no cinturão produtivo do Brasil, que apresentou melhora nos últimos dias, reduzindo os temores de desabastecimento em 2017.
Apesar das oscilações, os principais vencimentos seguem acima do patamar de US$ 1,40 por libra-peso. Por volta das 11h33, horário de Brasília, o contrato março/17 anotava queda de 30 pontos, cotado a 141,90 cents/lb, o maio/17 também recuava 30 pontos, a 144,15 cents/lb. Já o vencimento julho/17 registrava 147,05 cents/lb com 35 pontos de valorização, enquanto o setembro/17 caía 5 pontos, cotado a 147,05 cents/lb.
"Os futuros subiram recentemente com compras sendo realizadas devido as oscilações do câmbio. No entanto, as ideias são de que a produção de arábica na América Latina será forte", explicou em relatório ontem (15) o analista e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville. Antes da queda registrada na véspera, as cotações do arábica vinham de três altas consecutivas motivadas por ajustes técnicos.
Os operadores externos, segundo informações de agências internacionais, seguem bastante otimistas com a próxima safra do Brasil diante das melhores condições climáticas no cinturão produtivo do país nos últimos dias. Com isso, os temores com desabastecimento em 2017 diminuíram. Institutos meteorológicos reportaram que até quinta-feira áreas produtoras do grão podem receber precipitações acumuladas de 70 milímetros. Espírito Santo e Zona da Mata de Minas Gerais serão as principais regiões beneficiadas.
A agência de notícias Reuters informou, com base em informações de analistas e comerciantes participantes, "apesar de chuvas favoráveis no período de floração, que teve início em setembro, a safra de 2017 deve cair entre 5 e 20% ante a safra deste ano, devido ao ciclo bienal natural das árvores, que alternam entre grandes e pequenas safras".
De acordo com o analista de mercado da Origem Corretora, Anilton Machado, a instabilidade nos preços externos do café está ligada ao movimento dos especuladores na Bolsa. Para ele, o mercado "fica muito na mão de especuladores e fundos", dessa forma não sabe se estes continuarão liquidando suas posições ou se irão retomar as suas carteiras. Os fundos de investimento têm atuado bastante nos últimos dias no mercado.
No mercado físico, por volta das 09h44, o tipo 6 duro era negociado a R$ 520,00 pela saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP) – estável, em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis em R$ 500,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) a R$ 524,00.
Na quinta-feira (15), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 497,37 com queda de 0,91%.
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