Café: Bolsa de NY opera sem direcionamento definido nesta tarde de 2ª com operadores de olho no Brasil
Após iniciarem o dia em alta, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) trabalham sem direcionamento definido nesta tarde de segunda-feira (12). Entre baixas e altas, motivadas por ajustes, os operadores no terminal externo seguem cada vez menos preocupados com a possibilidade de desabastecimento do grão em 2016. O câmbio e a atuação dos fundos também influenciam na baixa das cotações. No acumulado da semana passada, os futuros da variedade perderam 4,42% no vencimento março/17, referência de mercado.
Por volta das 11h46, horário de Brasília, o vencimento março/17 anotava 139,15 cents/lb com baixa de 20 pontos, o maio/17 registrava 141,50 cents/lb com 15 pontos de recuo. Já o contrato julho/17 estava sendo negociado a 143,30 cents/lb com desvalorização de 60 pontos e o setembro/17, mais distante, valia 145,25 cents/lb com 65 pontos negativos.
Desde o fim do mês passado, os operadores na Bolsa de Nova York repercutem a redução nos temores com o desabastecimento do grão no próximo ano. O clima tem beneficiado as lavouras brasileiras nos últimos dias. Institutos meteorológicos reportaram, inclusive, chuvas acima da média para o período em diversas localidades.
"A venda parece implacável, mas o problema é que não há realmente uma boa razão para comprar agora, então os especuladores continuam vendendo e os torrefadores se mantendo fora das ordens de trabalho para obter melhores preços", explicou o analista e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.
Os fundos de investimento do mercado e o câmbio também movimentam o mercado. Nesta segunda-feira, às 11h55, o dólar comercial subia 0,09% cotado a R$ 3,376 na venda. As oscilações na moeda impactam diretamente nas exportações da commodity e refletem nos preços internos e externos do grão.
No mercado físico brasileiro, também por volta das 10h01, o tipo 6 duro estava sendo negociado a R$ 520,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP) – estável, na cidade de Guaxupé (MG) o café estava cotado a R$ 496,00 a saca – estável. Já em Poços de Caldas (MG) estava sendo negociado a R$ 504,00 a saca – estável.
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