Café: Após três quedas seguidas, Bolsa de Nova York volta a subir nesta 5ª feira com junção de fatores altistas
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) voltaram a operar do lado positivo da tabela nesta quinta-feira (23) com recompras de fundos sendo vistas, dólar recuando e o clima no Brasil voltando a chamar a atenção dos operadores. Na semana passada, o mercado atingiu a importante linha de US$ 1,40 por libra-peso o que motivou ajustes para baixo por três sessões consecutivas.
Às 12h18, o contrato setembro/16 registrava 141,85 cents/lb e o dezembro/16 tinha 144,50 cents/lb, ambos com alta de 215 pontos. Já o vencimento março/17 tinha 147,05 cents/lb com 220 pontos de alta e o maio/17 estava cotado a 147,05 cents/lb com 210 pontos positivos.
De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, além de recompras técnicas sendo vistas no mercado nesta quinta-feira, o câmbio também dá suporte aos preços externos. Às 12h, o dólar comercial caía 0,42%, cotado a R$ 3,3636 na venda repercutindo as expectativas de que o Reino Unido deva permanecer na União Europeia.
Nas últimas três sessões, as cotações do arábica na ICE realizaram ajustes para baixo em processo de realização de lucros. Na semana passada, os preços externos tiveram alta acumulada de quase 3% e atingiram o patamar de US$ 1,40/lb repercutindo as condições climáticas adversas para a colheita da safra 2016/17 do Brasil.
Dados divulgados pela Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé) na última terça-feira (21) apontam que seus cooperados haviam colhido, até dia 17 de junho, 19,33%, ante 11,32% no mesmo período do ano passado. O levantamento mostra um ligeiro avanço de 6,78% nos trabalhos em relação à última semana, quando o andamento da colheita passava por problemas causados pelas chuvas.
De acordo com dados da Somar Meteorologia, durante toda esta quinta-feira trovoadas e chuvas dispersas devem ser registradas em lavouras de café de São Paulo e Sul de Minas Gerais. O tempo seco retorna entre amanhã (24) e terça-feira da próxima semana para alívio dos produtores.
Seguem isolados os negócios com café nas praças de comercialização do Brasil. Os cafeicultores estão mais atentos às condições climáticas e a colheita da safra 2016/17. "O mercado interno do café deverá ter dia lento, com negócios isolados e preços sustentados", afirma Marcus Magalhães.
Na quarta-feira (22), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 489,42 com alta de 0,65%.
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