Cafeicultor colhe grão menor em Minas Gerais
O avanço da colheita da safra 2015 de café vem confirmando os efeitos negativos provocados pela estiagem registrada ao longo dos dois últimos períodos produtivos. Em Minas Gerais, maior Estado produtor do grão, o trabalho, até o momento, atinge cerca de 40% da área plantada, mas os cafeicultores relatam perdas significativas no tamanho dos grãos colhidos, o que aumenta os custos de produção, já que é necessário um maior volume de café para a composição das sacas de 60 quilos.
De acordo com o diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e presidente das comissões de Cafeicultura da entidade e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Breno Mesquita, ainda não e possível mensurar o impacto da seca, mas as perdas no rendimento são realidade.
"O beneficiamento da safra de café esta no inicio, por isso, ainda não foi possível calcular qual a perda. Mas o relato dos cafeicultores das regiões das Matas de Minas, Sul e Cerrado e de que o tamanho dos grãos esta menor que o esperado. Com a peneira baixa, provavelmente o impacto sera grande, já que Minas Gerais e o principal produtor do grão no Brasil", analisa.
Ainda segundo Mesquita, um dos principais impactos com a quebra da safra e o aumento dos custos. Com isso, os preços atuais praticados no mercado não são suficientes para garantir rentabilidade ao setor. "Infelizmente, as cotações da saca de 60 quilos de café estão em torno de R$ 400 a R$ 410, bem abaixo dos custos de produção em várias regiões do Estado", ressalta.
Leia a notícia na íntegra no Diário do Comércio
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