Café: Após queda de 540 pontos, Bolsa de Nova York encerra com leves baixas e não recupera perdas

Publicado em 02/07/2015 17:49

Nesta quinta-feira (02), as cotações futuras do café na Bolsa de Nova York (ICE Futures US)  encerraram com leves altas nos principais vencimentos, após queda expressiva registrada no pregão anterior. Apesar de fechar positivo, o mercado não conseguiu recuperar as perdas que alcançaram 540 pontos, rompendo o patamar dos 130 cents.

Com isso, o vencimento setembro/15 encerrou cotado a US$ 127,40 cents/lb e alta de 40 pontos. O contrato dezembro/15 também teve valorização de 40 pontos e fecha a sessão a US$ 131,15 cents/lb. Já março/16 foi o vencimento com maior valorização, de 40 pontos, valendo US$ 134,85 cents/lb.

O mercado trabalhou de forma volátil, embora não tenha apresentado altas consideráveis e fecha próximo da estabilidade.  Apesar de existir fundamentos para sustentar preços maiores, como as notícias sobre a safra brasileira e também as previsões de chuvas nas regiões produtoras, os preços têm seguido próximo aos patamares entre 127 cents e 140 cents.

Para o analista do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes, os operadores em Nova York ainda estão trabalhando na defensiva por conta dos bons embarques de café registrados nos últimos meses, contradizendo notícias que mostram pouco volume disponível. Por isso, a bolsa segue com oscilações e de forma técnica. Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o Diretor Comercial da Cocatrel, Marco Valério Araújo Brito, explica que a desvalorização do dólar também contribuiu para os que os preços não reagissem. Para ele, o mercado está sem novidades expressivas.

» Confira a entrevista na íntegra com o Diretor Comercial da Cocatrel, Marco Valério Araújo Brito, direto da Expocafé 2015

Vale lembrar que a Bolsa de Nova York (ICE Futures US) não funcionará nesta sexta-feira (03) por conta da antecipação do feriado de independência nos Estados Unidos.  

Mercado interno

Como foi observado nas últimas semanas, as vendas seguem lentas no mercado físico. Eduardo Carvalhaes explica que muitos produtores estão com dúvidas sobre as vendas, pois os preços não estão atrativos, enquanto os custos seguem subindo. Inclusive, o período de colheita é justamente quando ficam ainda maiores.

Já para o cenário climático, são esperadas chuvas para a parte sul do cinturão produtor de café, segundo informações da Somar Meteorologia. Entre hoje e sexta-feira (03), algumas regiões do Paraná e São Paulo podem registrar volumes de até 30 mm. As chuvas devem avançar também para o sul de Minas Gerais, mas em volumes menores. Não há previsões de geadas para estas regiões.

O café cereja descascado teve queda de 2,13% em Varginha (MG), em que a saca de 60 kg passa a ser cotada a R$ 460,00. Já em Poços de Caldas (MG) a desvalorização 0,66% com a saca cotada a R$ 451,00.

O tipo 6 teve alta de 2,33% em Franca (SP), em que a saca de 60 kg passa a valer R$ 440,00. Espírito Santo do Pinhal (SP) teve um aumento ainda maior, de 2,38%, com a saca fechando a R$ 430,00.

Já o café tipo 4 sofreu baixa de 2,33% em Varginha (MG). Com isso, a saca de 60 kg passa a valer R$ 420,00. Em Poços de Caldas (MG) a desvalorização 0,47% depois de R$ 424,00.

O indicador CEPEA/ESALQ para arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto em São Paulo, encerrou o dia com desvalorização de 1,23% e ficou em R$ 411,96 pela saca de 60 kg. 

» Clique e veja as cotações completas de café

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Tags:
Por:
Sandy Quintans
Fonte:
Notícias Agrícolas

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