Café: Bolsa de Nova York dá continuidade a perdas e fecha com leve queda nesta 2ª feira
Nesta segunda-feira (29), as cotações futuras do café na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam em baixa pela segunda sessão consecutiva. O pregão abriu dando continuidade as perdas do último fechamento, em que chegou a recuar forte nos principais contratos logo pela manhã, mas fecha com leves baixas.
Com isso, o vencimento setembro/15, principal referência, encerrou o dia com recuo de 105 pontos, valendo US$ 132,40 cents/lb. O contrato dezembro/15 fechou cotado a US$ 136,00 cents/lb, com recuo de 100 pontos, enquanto março/16 recuou 90 pontos e ficou cotado a US$ 139,65 cents/lb.
A situação da Grécia foi o principal motivo que levou o mercado a registrar perdas significativas pela manhã. Com o pessimismo em relação a dívida do país, que deve ser quitada até amanhã aos credores internacionais, o cenário levou a uma valorização do dólar frente as demais moedas.
Segundo o analista, Gilson Fagundes, o mercado de café tem trabalhado com poucas notícias novas em relação a commodity, e focado mais em fatores ligados a política e economia. Já para o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, a situação da Grécia trouxe pressão aos futuros da commodity na Bolsa de Nova York, mas perdas de hoje só não foram mais acentuadas, pois o mercado buscou se focar nos fundamentos para o café no final da sessão.
Mercado interno
No Brasil, as colheitas seguem atrasadas, após problemas climáticos enfrentados nas principais regiões produtoras. Quanto às negociações, Fagundes explica que o mercado ainda segue com poucos volumes negociados e em ritmo lento. Situação que só deve ter mudanças efetivas com o andamento das colheitas e a chegada de mais oferta disponível.
» Colheita atrasa na região da Cooxupé em cerca de 16% em relação a safra anterior
No que se refere ao clima, há previsões de chuvas para São Paulo e Paraná, além de regiões isoladas do sul de Minas Gerais, segundo informações da Somar Meteorologia. Por outro lado, não deve ter geadas e quedas de temperaturas para as principais regiões cafeeiras. Caso as chuvas se confirmem, Gilson Fagundes explica que pode ocorrer mais atrasos na colheita, o que deve ocasionar também no atraso de embarques e trazer reflexo nos preços.
Nas principais praças de comercialização muitas apresentaram leves baixas. Para o café cereja descascado, em Poços de Caldas (MG) teve valorização de 0,43% e fecha cotado a R$ 469 pela saca de 60 kg. Já Guaxupé (MG) teve queda de 0,40%, levando os preços para R$ 499 pela saca.
Para o tipo 6, a maior variação ocorreu em Patrocínio (MG), que teve uma alta de 2,38% e negocia a R$ 430 pela saca de 60 kg. Em Espírito Santo do Pinhal (SP) ocorreu uma baixa de 2,33%, em que a saca passa a ser cotada a R$ 420.
Já o tipo 4 apresentou queda de 4,26% nos preços em Franca (SP) e a saca de 60 kg é cotada a R$ 450. Guaxupé (MG) segue como a praça com maior valor negociado, a R$ 499 a saca, apesar da desvalorização de 0,45%.
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