Café: Bolsa de NY tem quinta sessão consecutiva de baixa nesta 3ª feira e atinge mínima de mais de 1 ano

A Bolsa de Nova York (ICE Futures US) retomou suas atividades nesta terça-feira (26), após o feriado Memorial Day, comemorado ontem nos Estados Unidos. Pela manhã, o mercado do café arábica parecia buscar recuperação após quatro quedas seguidas. No entanto, pouco antes do meio-pregão voltou ao campo negativo.

As cotações fecharam o dia com quase 300 pontos de baixa e próximas do patamar de US$ 1,20 por libra-peso. A posição julho/15 opera no nível mais baixo desde 30 de janeiro de 2014 com 124,05 cents/lb e queda de 290 pontos.

O vencimento setembro/15 registrou 126,85 cents/lb e 295 pontos de recuo, o dezembro/15 anotou 130,75 cents/lb e 290 pontos negativos. Já o vencimento março/16, mais distante, encerrou o pregão com 134,45 cents/lb e desvalorização de 290 pontos.

Segundo o analista de mercado João Santaella, ainda repercute na bolsa informações sobre a elevação para a safra global de café da Volcafe, divulgada na semana passada. Com essa estimativa, o mercado passou a acreditar em um período de oferta melhor.

A divisão da ED&F Man, acredita que a colheita do Brasil seja de cerca de 52 milhões de sacas de 60 kg, 35,5 milhões de arábica e 16,5 milhões de café conilon.

De acordo com agências internacionais de notícias, a alta do dólar contra o real no Brasil, que fortalece a competitividade nas exportações da commodity, e as condições favoráveis à colheita do café no País também são fatores baixistas no momento. A moeda norte-americana avançou 1,68% nesta terça-feira, e fechou cotada a R$ 3,1500 na venda.

Alguns dias atrás, Santaella chegou a informar que não acreditava que a Bolsa em Nova York poderia se aproximar do patamar de US$ 1,20 por libra-peso. No entanto, com mais essa queda de hoje, em análise gráfica, ele informou mais cedo, no meio-pregão, ao Notícias Agrícolas, que passa a ser possível quedas ainda mais expressivas no mercado do arábica.

"Tudo vai depender do fechamento de hoje, se for acima de 125,00 cents/lb acredito em reversão de tendência, mas se for abaixo de 130,00 cents/lb e 125,00, vamos para 120,00 e quem sabe 110,00 cents/lb", explica Santaella.

Mercado interno

Na segunda-feira (25), as praças de comercialização do Brasil tiveram funcionamento normal mesmo sem a principal referência de mercado, a Bolsa de Nova York, e seguiram o dólar como referência de preço para iniciar a semana. No entanto, foram poucas as praças que registraram oscilação.

Hoje, apesar da forte baixa no mercado externo, as cooperativas fecharam novamente o dia com cotações quase estáveis. Os negócios registrados ainda são poucos com o setor atento aos trabalhos de colheita.

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação nas cidades de Espírito Santo do Pinhal-SP e Guaxupé-MG com saca cotada a R$ 480,00 com queda de 4,00% na primeira e preço estável na segunda. A maior variação no dia para o tipo foi em Espírito Santo do Pinhal.

O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé-MG com R$ 480,00 - estável. Não houve oscilação em nenhuma praça.
 
O tipo 6 duro teve maior valor na cidade de Araguarí-MG com R$ 440,00 - estável. A maior oscilação no dia foi em Espírito Santo do Pinhal-SP onde a saca caiu 2,33% para R$ 420,00.

Na segunda-feira (25), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou desvalorização de 0,94% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 410,75.

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