Café: NY fecha em alta nesta 6ª feira pela segunda sessão consecutiva; no Brasil, setor está focado na colheita
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam em alta nesta sexta-feira (15) pela segunda sessão consecutiva. O mercado foi puxado pela cobertura de posições vendidas, buscando recuperação frente às perdas intradiárias.
O contrato maio/15 encerrou o pregão com 137,20 cents/lb e 155 pontos de alta, o julho/15 registrou 138,65 cents/lb e 115 pontos de avanço, o setembro/15 teve 140,65 cents/lb e valorização de 70 pontos. O vencimento dezembro/15 fechou o dia com 144,55 cents/lb e 110 pontos positivos.
Segundo o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o mercado vem buscando nos últimos dias precificar todas as variáveis disponíveis e indicou aos envolvidos de que o pior dos mundos já deve ter sido testado, consolidado e vivido. "Para a semana vindoura a nossa expectativa é que o recente movimento corretivo presenciado seja mantido já que tecnicamente as recentes oscilações indicam esta tendência", afirma o analista.
Na ausência de novidades nos fundamentos, as cotações do café arábica oscilaram nesta semana influenciadas, principalmente, pelo comportamento do dólar. Os investidores também acompanham as perspectivas climáticas, já que aumentam as possibilidades de ocorrência do El Niño este ano e, consequentemente, de um inverno mais úmido na região Sudeste do Brasil. Caso esse cenário se concretize, a colheita e a qualidade dos grãos de café podem ser prejudicadas. As informações partem do informativo semanal do Conselho Nacional do Café (CNC).
Nesta semana também três estimativas de safra para o Brasil foram divulgadas. No entanto, elas acabaram não movimentando tanto o mercado uma vez que segundo analistas consultados pelo Notícias Agrícolas, os agentes em Nova York tinham dados alinhados aos números que foram divulgados.
Na terça-feira (12), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estimou que a produção de café do Brasil nesta temporada seja de 42,4 milhões de sacas de 60 kg com uma redução de 6,1% em relação a 2014. O volume colhido de arábica deve alcançar 31,4 milhões de sacas com uma redução de 1,8% em relação a 2014 e a de robusta deve chegar a 11 milhões de sacas com uma redução de 16,6% frente o ano anterior.
No dia seguinte, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou que a safra 2015/16 do País pode chegar a 52,4 milhões de sacas, o que corresponderia a um crescimento de 2,3% em relação a safra anterior. A safra de arábica deve totalizar 38 milhões de sacas, com aumento de 3,8 milhões em relação a 2014/15 e a de robusta deve cair para 14,4 milhões de sacas, um recuo de 2,6 milhões em relação a 2014/15.
Ontem, a Safras & Mercado através de consulta entre agrônomos, cooperativas, produtores, exportadores, comerciantes, armazenadores e Secretarias de Agricultura, estimou a safra 2015/16 de café em 50,4 milhões de sacas com um incremente de cerca de 1% em relação a temporada anterior. A produção total de arábica foi indicada em 36,1 milhões de sacas, com incremento de 7% contra 2014/15 (33,6 milhões de sacas). Já a safra 2015/16 de conillon foi colocada em 14,3 milhões de sacas, devendo ter queda de 12% na comparação com 2014/15 (16,2 milhões de sacas).
Mercado interno
No Brasil, poucos negócios são concretizados. Segundo Magalhães, o setor produtivo está mais focado no assunto das colheitas do que no mercado e assim, os negócios não ganham corpo ou ritmo, independente de dólar ou bolsa.
Mesmo com oscilação positiva na Bolsa de Nova York, as cotações no mercado interno nesta sexta-feira permaneceram praticamente estáveis.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé-MG com saca cotada a R$ 507,00 - estável. A maior oscilação no dia foi registrada na cidade de Poços de Caldas-MG com avanço de 7,66% e saca cotada a R$ 492,00. (Veja a variação semanal do tipo no gráfico abaixo)
O tipo 4/5 também teve maior valor de negociação em Guaxupé-MG com R$ 507,00 - estável. A maior oscilação foi em Poços de Caldas-MG com valorização de 4,15% e saca cotada a R$ 452,00. (Veja a variação semanal do tipo no gráfico abaixo)
O tipo 6 duro teve maior valor nas cidades de Franca-SP e Araguarí-MG com R$ 460,00 a saca e preço estável nas duas. A maior oscilação no dia foi em Poços de Caldas-MG com R$ 435,00 a saca e alta 1,87%. (Veja a variação semanal do tipo no gráfico abaixo)
Na quinta-feira (14), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou desvalorização de 0,30% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 425,47.
1 comentário
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cordelio antonio lacerda Cristais - MG
O USDA faz previsoes sem criterios tecnicos... isso é que pode ser chamado de burrice tecnica!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Cordelio...o USDA usa os números para favorecer os americanos..o resto que se f...
burros somos nois pois deixamos os americanos q vc diz q sao burros por preco em nossos produtos