Café: Mercado em NY continua sem direção definida e opera com alta de mais de 100 pts nesta 5ª feira
Os futuros do arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam em alta nesta manhã de quinta-feira (14). O mercado registra intensa volatilidade como ontem e já chegou a operar nos dois campos no dia de hoje.
Por volta das 10h27, o contrato julho/15 anotava 136,75 cents/lb e avanço de 135 pontos, o setembro/15 tinha 139,05 cents/lb com valorização de 120 pontos e o dezembro/15 registrava 142,65 cents/lb com alta de 125 pontos.
Na sessão anterior, as cotações do café arábica oscilaram bastante durante o dia no campo negativo realizando lucros. Entretanto, no fim do dia, os operadores foram cautelosos e o fechamento foi praticamente neutro. Nem a divulgação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que projetou safra de 52,4 milhões de sacas para o Brasil exerceu pressão sobre os preços.
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Veja como fechou o mercado na quarta-feira:
Café: Mercado em NY fecha estável mesmo com estimativa do USDA de 52,4 milhões de scs para o Brasil
A volatilidade mais uma vez foi destaque na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) nesta quarta-feira (13). As cotações do café arábica oscilaram bastante durante o dia no campo negativo realizando lucros ante a alta registrada na sessão anterior. Entretanto, no fim do dia, os operadores foram cautelosos e o fechamento foi praticamente neutro. Nem a divulgação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que projetou safra de 52,4 milhões de sacas para o Brasil exerceu pressão sobre os preços.
O vencimento maio/15 encerrou a sessão com 134,40 cents/lb e o julho/15 registrou 135,40 cents/lb, ambos com recuo de 10 pontos. O setembro/15 teve 137,85 cents/lb com alta de 5 pontos e o vencimento dezembro/15 fechou o dia com 141,40 cents/lb e 20 pontos de valorização.
Nos últimos dias, os futuros do café arábica tem oscilado bastante com fatores técnicos. A colheita se aproxima e o clima deve ajudar nos trabalhos, a única dúvida que fica diz respeito aos números da produção brasileira nesta temporada.
"O que tem pesado no mercado é essa falta de direção. A volatilidade tem sido causada por aspectos técnicos e a questão do câmbio que também acaba mexendo com o preço do café. Além disso, temos uma safra brasileira que começa a ser colhida e que ainda há indefinição de números", explica o analista de mercado da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach, que acredita ainda em cotações mais alinhadas aos números da colheita no País a partir de junho.
Vale lembrar que as recentes estimativas apontam números divergentes para a safra atual do Brasil. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), por exemplo, projeta a produção de café entre 44,1 e 46,6 milhões de sacas de 60 kg. Já a Fundação Procafé prevê colheita máxima de 43,3 milhões de sacas.
Ontem, o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que a produção brasileira de café nesta temporada deve ser de 42,4 milhões de sacas, com uma redução de 6,1% em relação a 2014. Cafeicultores e especialistas de mercado, por sua vez, acreditam em colheita de no máximo 45 milhões de sacas devido as intempéries climáticas de 2014.
No entanto, se aqui ainda há dúvidas com relação ao potencial produtivo do País, para os agentes em Nova York não, uma vez que a estimativa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgada hoje não alterou a trajetória das cotações na Bolsa. "A previsão do USDA não mexeu no mercado porque isso já está precificado. Esse número está alinhado ao que os agentes acreditam", afirma Barabach.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos divulgou em em seu relatório anual mais recente que a safra de café 2015/16 do Brasil pode chegar a 52,4 milhões de sacas de 60 kg, o que corresponderia a um crescimento de 2,3% em relação a safra anterior.
Segundo o departamento norte-americano, a safra de arábica nesta temporada deve totalizar 38 milhões de sacas, com aumento de 3,8 milhões em relação a 2014/15. O órgão salienta que a boa condição das floradas nos meses de setembro e outubro do ano passado e a melhora nas condições climáticas no início deste ano contribuíram para o desenvovimento dos cafezais.
Já a produção da variedade robusta (conilon) deve cair para 14,4 milhões de sacas, um recuo de 2,6 milhões em relação ao ano anterior. Vale lembrar que o estado sofre com uma severa estiagem neste ano, o que limitou o uso de irrigação nas plantações capixabas.
» Café: USDA estima safra brasileira 2015/16 em 52,4 milhões de scs; previsão supera todas as outras
Ainda para Barabach, essa previsão não significa um número alto uma vez que o consumo interno de café deve ficar na casa de 20 milhões de sacas e as exportações estão boas.
Segundo o CeCafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), no acumulado de janeiro a abril deste ano houve um incremento de 23,8% na receita em relação a 2014, fechando em US$ 2,207 bilhões. Já o volume apresentou alta de 2,6% na mesma base comparativa e é o maior dos últimos 5 anos, destacando-se o incremento de 138% no embarque de café conilon. Foram exportadas 11.910.151 sacas (verde, torrado & moído e solúvel) no período.
Mercado interno
No Brasil, os negócios do café estão fracos com a falta de alinhamento entre o valor pedido pelo produtor e o comprador. Segundo Barabach, havia mais negócios com preços na casa de R$ 500,00 a saca.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé-MG com saca cotada a R$ 507,00 - estável. Não houve variação em nenhuma praça.
O tipo 4/5 também teve maior valor de negociação em Guaxupé-MG com R$ 507,00 - estável. A maior oscilação foi em Franca-SP com avanço de 2,17% e saca cotada a R$ 470,00.
O tipo 6 duro teve maior valor na cidade de Franca-SP com R$ 460,00 a saca e alta de 2,22%. Foi a maior no dia.
Na terça-feira (12), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou valorização de 0,10% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 427,30.
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