Café: Bolsa de NY recua nesta 6ª feira e se aproxima de US$ 1,30/lb; CNC se pronuncia sobre especulação no mercado
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram esta sexta-feira (1º de maio) com forte queda em relação à sessão anterior. Pela manhã, os futuros estavam no campo misto, mas logo o movimento negativo prevaleceu no terminal norte-americano estendendo as perdas da sessão anterior com realização de lucros.
Vale lembrar que nesta sexta, no Brasil, em virtude do feriado de Dia do Trabalho, as praças de comercialização não funcionaram, assim como a BM&FBovespa. No entanto, em Nova York o expediente foi normal.
O contrato maio/15 encerrou o dia com 133,45 cents/lb com 310 pontos de baixa, o julho/15 registrou 134,20 cents/lb com 325 pontos negativos, o setembro/15 anotou 136,90 cents/lb com desvalorização de 325 pontos e o dezembro/15 fechou o pregão com 140,80 cents/lb e também queda de 325 pontos.
As incertezas com relação ao potencial produtivo do Brasil mantiveram a volatilidade em Nova York nesta semana. Estimativas privadas divulgadas recentemente e reportadas pelo Notícias Agrícolas dão conta que a safra atual de café do País deve ficar entre 49 e 50,3 milhões de sacas de 60 kg. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), por sua vez, em sua estimativa mais recente projeta uma produção entre 44,1 e 46,6 milhões de sacas. Os cafeicultores acreditam em colheita de no máximo 45 milhões de sacas devido as intempéries climáticas de 2014.
O Conselho Nacional do Café (CNC) se posicionou sobre as incertezas na safra do Brasil em seu balanço semanal, divulgado ontem (30). "Esta semana, novas e infundadas especulações a respeito do tamanho da safra brasileira voltaram a emergir, com empresas que sequer possuem representatividade no território brasileiro superestimando os números e os jogando ao vento, com a intenção única e explícita de tentarem depreciar os já apertados preços pagos aos produtores de café no mundo".
"Infelizmente, não há como combatermos tais especulações, haja vista que o mercado também vive de boatos. Entretanto, o CNC, na condição de representante do setor produtor, alerta a esses players que não confiem em suas próprias estimativas, pois poderão se deparar com um cenário de oferta apertada, pois temos convicção que o Brasil não produzirá além do estimado pela Fundação Procafé, que apontou nossa colheita máxima em 43,3 milhões de sacas", diz o informativo.
As cotações do café arábica em Nova York encerraram o mês de abril, até quarta-feira, 4,2% mais altas passando de 136,10 para 141,80 cents/lb. Enquanto que no Brasil recuaram pressionadas pela baixa do dólar. As informações partem de agências internacionais.
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