Café: Bolsa de Nova York sustenta alta de ontem nesta 5ª feira, mas reduz ganhos no final de sessão
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) registraram leve alta nesta quinta-feira (26), elevando os ganhos da sessão anterior quando a valorização chegou a quase 300 pontos.
Durante o dia, as cotações no terminal norte-americano registraram intensa volatilidade. No início, inclusive, chegaram a operar no campo negativo, mas logo o mercado virou, subiu forte e chegou a ter ganhos acentuados. Porém, no final recuou um pouco e fechou com leve alta.
O vencimento para maio/15 encerrou a sessão com 140,25 cents/lb, o julho/15 anotou 143,50 cents/lb e o vencimento setembro/15 registrou 146,50 cents/lb, ambos com alta de 30 pontos. O vencimento dezembro/15 registrou 150,45 cents/lb com 25 pontos de avanço.
Informações que partem de agências internacionais dão conta que o mercado nesta quinta-feira deu sequência ao movimento de cobertura de posições vendidas. No entanto, também entraram algumas vendas associadas à realização de lucros, o que limitou uma alta expressiva.
Ontem, a divulgação da INTL FCStone que prevê uma safra menor nesta temporada acabou sustentando o mercado. Segundo a consultoria, a safra de café do Brasil 2015/16 deve ficar entre 44 milhões a 45,5 milhões de sacas de 60 kg em 2015ante as 48 milhões a 49 milhões em 2014.
Estima-se que a de arábica fique em torno de 32,5 milhões a 33,5 milhões de sacas e a de robusta em 11,5 milhões a 12 milhões de sacas.
Segundo o analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes, os operadores na Bolsa de Nova York têm olhado muito para o curto prazo e o mercado carece de novidades. "Estamos em um período de entressafra com muitas dúvidas de como será a atual safra brasileira. Mas o mercado tem oscilado bastante conforme as informações do dia , outra questão que também tem influenciado bastante é o dólar", afirma.
Hoje, por volta das 16h12, a moeda norte-americana recuava 0,64% e estava cotada a R$ 3,1828 na venda, após subir 2,42% na sessão passada. O dólar quando está mais valorizado ante o real encoraja as exportações.
Ainda de acordo com Carvalhaes, a queda na safra atual já é consenso entre os envolvidos no mercado. "Todos estão conscientes de que a safra quebrou mesmo. Teremos menos café do que o Brasil precisa mesmo que caiam as exportações ", explica o analista.
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em sua estimativa mais recente, a safra 2015/16 de arábica deve ficar entre 44,11 milhões e 46,61 milhões de sacas de 60 kg. Já a Fundação Procafé em conjunto com o Conselho Nacional do Café (CNC) prevê uma safra entre 40,3 milhões e 43,25 milhões de sacas.
Mercado interno
Segundo Carvalhaes, aqui no Brasil, o café dos produtores ainda disponível para vendas está chegando ao fim. O setor produtivo continuou arredio a conversas mercadológicas, deixando as praças de comercialização operando dentro de um grande vazio de ofertas e expectativas.
O tipo cereja descascado continua com maior valor de negociação na cidade de Guaxupé-MG com R$ 558,00 a saca - estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Poços de Caldas-MG que teve alta de 1,38% e saca é cotada a R$ 516,00.
O tipo 4/5 também teve maior valor em Guaxupé-MG com saca cotada a R$ 546,00 - estável. A oscilação mais expressiva ocorreu na cidade de Poços de Caldas-MG com alta de 3,18% e R$ 486,00 a saca.
Para o tipo 6 duro, a cidade com maior valor de negociação também foi Guaxupé-MG com saca cotada a R$ 493,00 - estável. A maior variação ocorreu em Poços de Caldas-MG onde a saca valorizou-se 2,16% e está cotada a R$ 472,00.
Na quarta-feira (25), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou desvalorização de 1,37% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 458,58.
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