Café: Arábica estende perdas na manhã desta 3ª feira na Bolsa de NY
As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam no campo negativo nesta terça-feira (24) em uma sessão marcada por intensa volatilidade. Os futuros já chegaram a operar nos dois campos, mas com ligeira variação.
Por volta das 10h35, o contrato maio/15 anotava 141,10 cents/lb com desvalorização de 75 pontos, o julho/15 tinha 144,30 cents/lb com recuo de 85 pontos e o vencimento setembro/15 registrava 147,10 cents/lb com 105 pontos negativos.
Na sessão anterior, o mercado também fechou no campo negativo dando sequência ao movimento de realização de lucros que já havia sido registrado na sessão de sexta-feira com vendas de fundos e de especuladores.
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Veja como fechou o mercado na segunda-feira:
Café: Bolsa de Nova York inicia semana com queda nesta 2ª feira; chuva avança na zona da Mata
A Bolsa de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica fechou mais uma vez em baixa nesta segunda-feira (23). O mercado deu sequência ao movimento de realização de lucros que já havia sido registrado na sessão anterior com vendas de fundos e de especuladores.
O vencimento maio/15 anotou 141,85 cents/lb, o julho/15 teve 145,15 cents/lb, o contrato setembro/15 registrou 148,15 cents/lb e o dezembro/15 teve 152,15 cents/lb. Ambos com queda de 150 pontos.
De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, as bolsas operaram de forma lateralizada tanto em Nova York quanto em Londres sem indicar tendência de curtíssimo prazo.
"Em Nova York, a bolsa conseguiu se sustentar acima de 140,00 cents/lb o que é muito interessante se olharmos o quadro fundamental do café", afirma o analista.
Informações de agências internacionais dão conta que a queda do dólar hoje ante o real contribuiu para a sustentação das cotações na bolsa uma vez que representa menor competitividade do país nas exportações. Nas últimas sessões o dólar valorizou-se forte ante o real e os futuros despencaram.
Por volta das 16h18, a moeda norte-americana recuava 2,08% e estava cotada a R$ 3,1631 na venda. A tranquilidade dos mercados internacionais de câmbio contribuía para a baixa.
O dólar quando está mais valorizado ante o real sempre pressiona as commodities, pois torna as exportações mais atrativas. Entretanto, para os produtores no Brasil a valorização da moeda implica em maiores custos de produção, com a queda de hoje os produtores ficam mais tranquilos neste aspecto. Mas ainda assim, a moeda permanece acima de R$ 3,00.
Com relação ao clima, mapas da Somar Meteorologia apontam que a chuva avança para a zona da Mata nos próximos dias, até quarta-feira precipitações em forma de pancadas devem beneficiar também áreas produtoras de café do centro e norte de Minas Gerais e Espírito Santo. Já nos estados de São Paulo e Paraná podem ocorrer chuvas isoladas. Com a chegada do Outono e uma massa de ar polar, a temperatura deve cair.
Exportações Secex
De acordo com informações divulgadas pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as exportações de café em grão no mês de março (até dia 22) atingiram 1,982 milhão de sacas de 60 kg, com receita de US$ 363,1 milhões e um preço médio de US$ 183,10 por saca. O número corresponde a 15 dias úteis contabilizados.
Se compararmos com fevereiro deste ano (2,513 milhões de sacas) e março de 2014 (2,556 milhões de sacas), houve uma queda acentuada nos embarques do mês corrente. No início do próximo mês o órgão deve divulgar o número final das exportações de março de 2015.
Mercado interno
Segundo Magalhães, "a paradeira é grande. O setor produtivo alheio das oscilações cambias não apareceu nas praças de comercialização estrangulando e muito as ofertas e as expectativas de curto prazo."
O tipo cereja descascado continua com maior valor de negociação na cidade de Guaxupé-MG com R$ 551,00 - estável. A oscilação mais expressiva no dia foi na cidade de Poços de Caldas-MG que registrou queda de 5,36% e tem saca cotada a R$ 512,00.
O tipo 4/5 também teve maior valor em Guaxupé-MG com saca cotada a R$ 540,00 - estável. A variação mais expressiva do dia foi em Franca-SP que teve desvalorização de 3,77% e saca cotada R$ 510,00.
Para o tipo 6 duro, a cidade com maior valor de negociação foi Franca-SP com R$ 500,00 a saca mesmo com baixa de 3,85%. A oscilação mais expressiva no dia ocorreu em Marília-SP que registrou queda acentuada de 17,02% e tem saca cotada a R$ 390,00.
Na sexta-feira (20), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou desvalorização de 2,40% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 470,81.
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