Café: Interno tem semana positiva na maioria das praças; Em NY, cotações esboçam reação nesta 6ª feira
O mercado interno de café teve uma semana positiva na maioria das praças de comercialização dos tipos de arábica mais negociados no Brasil. Os preços não cederam tanto com a queda das bolsas externas, principalmente, em Nova York.
Segundo levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Bittencourt Lopes, nas principais praças as cotações do café para o tipo cereja descascado subiram entre R$ 10,00 e R$ 27,00 na semana. No tipo 4/5, em todas as praças os preços tiveram alta entre R$ 20,00 e R$ 27,00. Já no tipo 6 duro de arábica, a valorização foi entre R$ 10,00 e R$ 22,00 na semana entre as principais cooperativas.
A maior oscilação semanal dentre os três tipos citados acima foi em Franca-SP com desvalorização de 6,38% no tipo 4/5 de café arábica que tem saca cotada a R$ 440,00 hoje e que na segunda valia R$ 470,00.
Bolsa de Nova York
As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam em alta nesta sexta-feira (6). Durante a sessão, os futuros chegaram a oscilar nos dois campos apresentando intensa volatilidade. Entretanto, após o meio-pregão o movimento positivo prevaleceu e se estendeu até o fim do dia.
O contrato com entrega agora em março/15 fechou o pregão com 136,50 cents/lb e alta de 495 pontos, o maio/15 anotou 139,90 cents/lb e o julho/15 encerrou a sessão com 143,00 cents/lb, ambos com valorização de 485 pontos e o vencimento setembro/15 registrou 145,85 cents/lb com avanço de 490 pontos.
Segundo informações de agências internacionais, na sessão de hoje houve a cobertura de posições vendidas corrigindo as recentes volatilidades presenciadas no mercado. Na terça-feira (3), os futuros recuaram no patamar mais baixo em 13 meses.
Durante a semana, fundos e especuladores pressionaram as cotações do arábica que cederam forte devido as chuvas que caem no cinturão produtivo e leva mais umidade aos cafezais e questão cambial.
A análise dos operadores era de que essas precipitações são suficientes para acabar com os receios de uma nova quebra na safra de café no Brasil, essa hipótese, porém, é discordada pelos cafeicultores que acreditam em mais uma temporada difícil.
Outra questão que também pressionou o mercado foi o dólar que continua se falorizando forte ante o real com o momento econômico delicado em que passa o Brasil. Nesta sexta-feira (6), por exemplo, a moeda norte-americana subiu pelo quinto dia consecutivo chegando a R$ 3,05 após divulgação dos dados de emprego nos Estados Unidos pela manhã.
Com relação ao clima, mapas climáticos da Somar Meteorologia apontam que uma frente fria e áreas de instabilidade devem levar chuvas para a parte Sul do cinturão produtivo de café nos próximos dias. A região sul de Minas Gerais e Paraná também devem receber precipitações neste final de semana e início da próxima.
O norte do cinturão terá tempo firme até terça da próxima semana quando pancadas mais isoladas de chuva.
Mercado interno nesta sexta
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé-MG com R$ 530,00 a saca e alta de 2,91%. Foi a variação mais expressiva no dia dentre as praças.
O tipo 4/5 teve maior valor também em Guaxupé-MG com saca cotada a R$ 518,00 e valorização de 2,98%. Também a maior do dia.
Para o tipo 6 duro, a cidade com maior valor de negociação foi Guaxupé-MG com saca cotada a R$ 460,00 e avanço de 3,33%. A oscilação mais expressiva no dia foi em Patrocínio-MG com alta de 4,65% e saca cotada a R$ 450,00.
Na quinta-feira (5), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou desvalorização de 0,65% e está cotado a R$ 428,64 a saca de 60 kg.
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