Café: Março inicia com arábica recuperando-se em NY nesta 2ª após queda de quase 15% no mês passado
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam em alta nesta segunda-feira (2). Por volta das 10h26, o vencimento março/15 tinha 136,75 cents/lb com avanço de 20 pontos, o maio/15 anotava 141,30 cents/lb e o julho/15 tinha 144,30 cents/lb, ambos com valorização de 80 pontos. Já o contrato setembro/15, mais distante, registrava 147,00 cents/lb com 75 pontos positivos.
Na sessão anterior, as cotações também fecharam no campo positivo com recompras técnicas nos terminais internacionais. No entanto, analistas alertam que os operadores ainda continuam atentos com as precipitações no cinturão produtivo e a questão cambial. Portando, ainda é cedo para afirmar que houve reversão de tendência no mercado interncional.
De acordo com informações de agências internacionais, no mês de fevereiro as cotações do arábica desvalorizaram-se cerca de 15%. A melhora das condições climáticas no cinturão produtivo que leva mais umidade aos cafezais e a questão cambial contribuíram para esse recuo. Os operadores na bolsa norte-americana acreditam que com essas chuvas a situação dos cafezais fica regular e pode culminar em melhor produção que na temporada anterior.
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Veja como fechou o mercado na sexta-feira:
Café: Interno tem mais uma semana de baixas; NY sobe com recompras nesta 6ª feira após perder mais de 15% no mês
O mercado interno de café, mais uma vez, teve uma semana negativa no Brasil. As cotações seguiram o mercado externo que caiu forte durante toda essa semana. De cinco sessões, apenas duas fecharam no campo positivo. A melhora das condições climáticas e a questão cambial influenciaram ativamente nos patamares de preço.
Bolsa de Nova York
As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) esboçaram reação nesta sexta-feira (27), após registrar forte queda durante toda a semana. Na sessão anterior, os futuros caíram mais de 300 pontos com operadores antentos às chuvas que caem no cinturão produtivo do Brasil e a valorização do dólar ante o real, que encoraja as exportações.
De acordo com informações de agências internacionais, só no mês de fevereiro as cotações do arábica desvalorizaram-se cerca de 15%. Os operadores na bolsa norte-americana acreditam que a melhora das condições climáticas pode culminar em melhor produção que na temporada anterior. O que não procede, segundo especialistas, visto que as precipitações de agora só influenciam na granação dos frutos.
O contrato março/15 fechou o pregão com 136,75 cents/lb e alta de 20 pontos, o maio/15 anotou 140,85 cents/lb com avanço de 30 pontos, o vencimento julho/15 encerrou a sessão com 143,90 cents/lb e 45 pontos positivos e o contrato setembro/15 registrou 143,25 cents/lb com valorização de 5 pontos.
Segundo o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, recompras técnicas foram registradas nos terminais internacionais hoje, por isso a alta. "O mercado vinha tentando romper o suporte de 140,00 cents/lb na posição maio/15 sem sucesso e assim, este 'fracasso' serviu de base ou razão para que um movimento corretivo fosse estabelecido. Vale ressaltar, que ainda é cedo para afirmarmos que houve uma reversão de tendência", afirma o analista.
Apesar da alta nesta sexta, os operadores ainda continuam antentos às condições climáticas no cinturão produtivo do Brasil e a valorização do dólar ante o real, que apesar de fechar em baixa hoje, ainda continua acima de R$ 2,80.
Em entrevista ontem ao Notícias Agrícolas, o analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes apontou outro fator que também influencia os operadores, são as exportações brasileiras, que levam os investidores a acreditar que os estoques estão altos e que não falta café, o que não é realidade. "A verdade é que os estoques estão no final", explicou o analista.
De acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as exportações brasileiras de café em grão até o dia 22 de fevereiro (13 dias úteis) atingiram 1,855 milhão de sacas de 60 kg com receita de US$ 366,5 milhões. No mês passado, os embarques de café totalizaram 2,725 milhões de sacas.
Mercado interno nesta sexta-feira
No lado interno a paradeira ainda é grande e o setor produtivo não se intimida com as variações externas deixando as praças de comercialização dentro de um grande vazio mercadológico.
Nesta sexta-feira (27), o tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé-MG com R$ 508,00 a saca - estável. A variação mais expressiva dentre as praças de comercialização foi na cidade de Varginha-MG que teve alta de 2,08% e a saca está cotada a R$ 490,00.
O tipo 4/5 teve maior valor também em Guaxupé-MG com saca cotada a R$ 496,00 - estável. A maior oscilação no dia foi em Poços de Caldas-MG com alta de 1,13% e saca valendo R$ 447,00.
Para o tipo 6 duro, a cidade com maior valor de negociação foi Araguarí-MG com saca cotada a R$ 480,00 e alta de 2,13%. A oscilação mais expressiva no dia foi em Patrocínio-MG com valorização de 2,33% e saca cotada a R$ 440,00.
Na quinta-feira (26), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou desvalorização de 0,56% e está cotado a R$ 430,49 a saca de 60 kg.
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