Café: NY registra leve queda nesta 2ª feira marcada por pouca movimentação; chuvas serão irregulares até fevereiro
A semana no mercado do café começou de forma lenta com poucos operadores assumindo riscos e apostando na recuperação das lavouras com as recentes chuvas. Com isso, as cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) registraram leve queda.
O mercado voltou a cair após registrar alta no pregão anterior, das últimas sete sessões, as cotações registraram preços mais baixos em seis, acumulando queda de mais de 10%, informam agências internacionais.
O contrato março/15 registrou 161,85 cents/lb, o maio/15 anotou 164,55 cents/lb e o julho/15 fechou a sessão com 167,15 cents/lb, ambos com queda de 60 pontos. O vencimento setembro/15 registrou 169,55 cents/lb com 55 pontos de recuo.
De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, as volatilidades presenciadas, principalmente em Nova York, não correspondem ao clima extremo ao redor do mundo. “No Brasil, mais um verão de temperaturas acima da média, sem chuva e com vários municípios, principalmente em Minas Gerais, em situação de calamidade pública”, pondera.
A situação está tão preocupante que o Conselho Nacional do Café (CNC) alertou na sexta-feira passada que a safra do ano que vem pode ser comprometida com o baixo índice de vegetação dos cafezais no país, devido ao tempo quente e seco nas áreas produtoras.
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Em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta segunda-feira, o meteorologista da Climatempo, Alexandre Nascimento, informou que uma nova frente fria deve provocar chuva nesta semana nas principais regiões produtoras, mas ainda de forma irregular. Condição que deve permanecer até fevereiro.
Mercado interno
Nesta segunda-feira, as praças de comercialização também tiveram pouca movimentação e preços quase inalterados seguindo o que foi registrado nas bolsas externas.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé-MG com saca cotada a R$ 523,00 — estável. A variação mais expressiva no dia foi em Poços de Caldas-MG com alta de 0,61% e saca cotada a R$ 498,00.
Para o tipo 4/5, a cidade com maior valor de negociação também foi Guaxupé-MG que tem saca cotada a R$ 511,00 — estável. Nenhuma praça registrou variação no dia.
O tipo 6 duro tem maior valor na cidade de Franca-SP com R$ 480,00 a saca — estável. A oscilação mais expressiva no dia foi em Poços de Caldas-MG com alta de 0,44% e saca cotada a R$ 454,00.
Na sexta-feira (26), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou valorização de 0,53% e está cotado a R$ 442,78 a saca de 60 kg.
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