Café: NY fecha com ganhos acima de 190 pts, continuando altas de 6ª-feira
O mercado do café arábica encerrou novamente em alta nesta segunda-feira (23), na Bolsa de Nova Iorque (Ice Futures US). Os contratos para entrega mais próxima tiveram altas entre 185 e 200 pontos, em um dia de relativamente poucos negócios.
O contrato para entrega em julho fechou valendo 175,10 centavos de dólar por libra-peso, depois de ganhar 185 pontos. O vencimento setembro subiu 190 pontos e fechou em 177,40 cents / libra-peso. Dezembro avançou 200 pontos e encerrou valendo 181,00 cents / libra-peso. O vencimento março/2015 fechou em 184,10 cents/ depois de avançar 190 pontos.
O analista de mercado Eduardo Carvalhaes afirma que os negócios estão mais lentos desde terça-feira (17) com o feriado e os jogos do Brasil. Além disso, a saída do contrato julho também podem ter influenciado as altas. “Esse período de Copa do Mundo tem sido um dificultador para o mercado físico”.
Produção reduzida
As preocupações com a produção brasileira de café arábica voltaram a influenciar o mercado internacional, segundo a trader Sul-africana I&M Smith. Notícias de rendimento baixo e produção redizida de café de qualidade começam a confirmar as suspeitas de uma forte quebra de safra no Brasil.
Café mais alto para o consumidor final
Grandes fornecedoras de café no mercado norte-americano e multinacionais como J.M. Smucker, Kraft Foods e Starbucks anunciaram altas entre 8% e 9% nos preços do café vendido em supermercado e das bebidas servidas em cafeterias. “Essas notícias dão suporte aos sentimentos expeculativos na Bolsa de NY... Este movimento de altas são seguidos por outras grandes torrefadoras”.
Café: Produção mundial deve ter quebra de quase 1,5 milhão de sacas, aponta USDA
Por Talita Benegra
A produção mundial de café deve cair em 2014/2015. A informação foi dada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que projetou um total de 148,671 milhões de sacas de 60 quilos, ante 150,145 milhões de sacas da temporada anterior.
A quebra se dá principalmente por conta da diminuição da safra brasileira, que teve sérias dificuldades com a forte estiagem e altas temperaturas registradas no início do ano nas regiões de São Paulo e Minas Gerais – detentoras de 80% da produção nacional de café de qualidade do país, o arábica. Este deve ser o segundo ano consecutivo de baixa na produção brasileira, registrando a primeira quebra da bienalidade do café em 20 anos. A colheita deve ser 21% menor que a do último ano de safra cheia.
Enquanto a safra brasileira dá indícios de baixas, a estimativa da produção da Colômbia e da América Central é otimista e deve compensar parte do mercado mundial de café arábica, que apresenta números recordes de exportação e de consumo.
É esperada a produção de cerca de 49,5 milhões de sacas de café no Brasil, ante as 53, 7 milhões de sacas do período anterior. O Vietnã segue como segundo maior cultivador mundial com um volume recorde de 29,25 milhões de sacas. A Colômbia aparece na terceira posição com 12 milhões de sacas.
As exportações de café em grãos do Brasil poderão chegar a 29 milhões de sacas em 2014/2015, enquanto o consumo interno deve registrar 20,1 milhões de sacas. Os estoques do país da temporada 2014/2015 estão quase acabando, restando apenas cerca de 6,138 milhões de sacas, enquanto o estoque mundial deve apontar 32,116 milhões de sacas.
Controle de café de qualidade
O presidente da Nestlé, Peter Brabeck, relatou ao jornal austríaco Kurier, que a empresa pretende aumentar a sua quota de compras de commodities diretos para garantir um controle maior de qualidade e de oferta.
“O consumidor agora quer saber de onde o café da capsula Nespresso vem. Nos próximos anos, queremos dobrar a proporção de commodities e vamos comprar diretamente, não mais via traders, especialmente para o café e o cacau”, ele disse.
“Isso não é por conta dos preços, mas devido à qualidade e maior rastreabilidade. Claro que também por conta da demanda atual dos consumidores nas mídias sociais”, acrescentou.
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joaquim augusto ribeiro do vale junior Santa Rita do Sapucaí - MG
ATENÇAO,Pode se notar que os "exportadores" ja estao começando ficar PREOCUPADOS com a atual safra brasileira de cafe,amigos cafeicultores e como sempre o USDA querendo tampar o sol com a peneira!!!