Carne bovina: Média diária exportada segue acima de 7 mil toneladas na terceira semana de janeiro/23
Nesta segunda-feira (23), a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) reportou que o volume exportado de carne bovina fresca, refrigerada e congelada atingiu 107 mil toneladas até a terceira semana de janeiro/23. No ano passado, o mês de janeiro encerrou com 138,06 mil toneladas em 21 dias úteis.
A média diária exportada ficou em 7,13 mil toneladas e registrou uma valorização de 8,6%, frente ao observado no mês de janeiro do ano anterior, que ficou em 6,5 mil toneladas. Na semana anterior, a média diária estava próxima de 7,7 mil e apresentou uma queda de 7,79% no comparativo semanal.
Segundo o analista de mercado da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a desaceleração de uma semana para outra é um movimento natural, pois temos que ressaltar que estão sendo reportadas negociações dos últimos 40 a 60 dias. “É um retrato antigo, no saldo da balança só é contabilizado a operação financeira completa e as vendas novas de 2023 ainda não apareceram”, comentou.
O preço médio da carne bovina na terceira semana de janeiro ficou em US$ 4.858 mil por tonelada, na qual teve uma queda de 7,2 % frente aos dados divulgados em janeiro de 2021, em que os preços médios registraram o valor médio de US$ 5,233 mil por tonelada. Já no comparativo semanal, o preço médio estava em US$ 4.868 e teve um recuo de 0,21% frente ao valor atual.
O valor negociado para o produto na terceira semana de janeiro ficou em US $ 520.333 milhões, tendo em vista que o preço comercializado durante o mês de janeiro do ano anterior foi de US$ 722,548 milhões. A média diária ficou em US $ 34.688 milhões e registrou uma valorização de 0,8%, frente ao observado no mês de janeiro do ano passado, que ficou em US$ 34,407 milhões.
De acordo com as Informações da Datagro, o mercado monitora atentamente os desdobramentos da reabertura econômica da China, que deve comemorar ao longo da próxima quinzena seu primeiro ano novo lunar praticamente sem restrições contra a covid-19.
“Os pedidos de importação devem cair no curtíssimo prazo, mas o mercado vê com bons olhos a potencial retomada no consumo chinês, principalmente por conta dos setores de HRI (Hotel-Restaurant-Institutional) e Food-Service, que devem ser alguns dos mais beneficiados durante as festividades”, reportou a Datagro.
Com relação às negociações, a apreciação do yuan chinês em mais de 7,0% em relação ao dólar desde a máxima registrada no início de novembro também segue um ponto de atenção no mercado, o que eleva o poder de compra dos chineses em operações de comércio exterior. “Já existem relatos de lotes de carne brasileira voltando a ser negociados acima de US$5000,0 / Tonelada, o que corrobora com o movimento cambial observado na China nas últimas semanas”, informou.
Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o médico veterinário e diretor da HN AGRO, Hyberville Neto, destacou que o mercado está com as perspectivas elevadas após a reabertura de algumas plantas frigoríficas para a China e mais 11 plantas habilitadas para a Indonésia. Ainda segundo o consultor, a unidade de Mozarlândia/GO foi responsável por embarcar no primeiro trimestre de 2022 quase a mesma quantidade de carne comprada pela Indonésia durante todo ano.
Leia mais:
0 comentário
Scot Consultoria: Alta na categoria de fêmeas em SP
Brangus repudia veto do Carrefour à carne do Mercosul
Boi tem fôlego para novas altas até o final do ano com arroba testando os R$400, alerta pecuarista
Radar Investimentos: Margens das industriais frigoríficas permanecem razoáveis
Goiás busca reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação
Scot Consultoria: Alta no mercado do boi gordo nas praças paulistas