Pressão de alta no mercado do boi gordo, diz a Scot
Em São Paulo, a oferta limitada de animais terminados e as escalas enxutas, em média para três dias úteis, fizeram com que os preços disparassem.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, na última sexta-feira (26/6), a arroba do boi gordo subiu 2,3% na comparação feita dia a dia e ficou cotada em R$220,00, bruto e a prazo, R$219,50, livre de Senar, a prazo, e em R$216,50, descontados os impostos (Senar e Funrural).
Para a vaca gorda e novilha gorda as cotações subiram 1,5% e 1,0%, respectivamente.
Negócios com bovinos de até quatro dentes estão firmes em R$220,00/@, bruto à vista.
O cenário geral é de programações de abate enxutas e a oferta ditando o rumo do mercado.
Preço da carne bovina subiu no atacado
O preparo das indústrias para abastecer o mercado varejista, sustentado ainda pelas constantes altas do boi gordo, refletiu nos preços da carne sem osso, que apresentou valorização de 0,89% na semana passada na média de cortes pesquisados pela Scot Consultoria.
O aumento foi igualmente visto dentre os cortes de dianteiro e traseiro, 0,01% de diferença entre eles.
Vale destacar que os preços dos cortes do dianteiro subiram 30,6% frente ao mesmo período do ano passado.
A expectativa para os próximos dias é de maior demanda com a virada do mês, o que mantém o viés de alta para a carne bovina.
Menor oferta deu sustentação à cotação do sebo bovino
A oferta limitada associada à melhoria da demanda por sebo resultou em valorização na última semana.
No Brasil Central, segundo levantamento da Scot Consultoria, a gordura animal está cotada em R$2,85/kg, livre de imposto. Alta de 6,3% nos últimos sete dias.
No Rio Grande do Sul também houve valorizações e a gordura bovina está cotada em R$3,25/kg, valorização de 4,8% na mesma comparação.
A demanda crescente para produção do biocombustível com a flexibilização da quarentena em algumas regiões e a produção de produtos de higiene, em função da pandemia coronavírus, explicam a firmeza no mercado do sebo.
Alta nas cotações no mercado de suínos
Em São Paulo, as cotações dos suínos ficaram estáveis nas granjas e no atacado na quarta semana de junho.
Nas granjas, o animal terminado está cotado, em média, em R$89,50 por arroba.
No atacado, a carcaça está cotada, em média em R$7,20 por quilo.
Apesar da estabilidade nos preços na comparação semanal, em trinta dias houve aumento de 4,1 e 4,3%, respectivamente, nas granjas e no atacado.
Desempenho do frango, boi e suíno vivos em junho de 2020 (Avisite)
O desempenho do frango vivo em junho pode ser considerado excepcional. Mas só em relação ao mês anterior (+17,67%), visto que, comparativamente a junho de 2019 registra ganho que não chega a 3%, enquanto no acumulado dos seis primeiros meses do ano permanece com um valor médio 2,25% inferior ao do primeiro semestre de 2020.
Sob esse aspecto, ainda que tenham obtido ganhos moderados em junho (aumentos próximos de 5%) e embora o preço médio do suíno tenha ficado 10% abaixo do registrado um ano atrás, boi em pé e do suíno vivo vêm obtendo valorização bem melhor, já que chegam à metade de 2020 com um valor médio superior (ganhos de 29,75% e 17,47%, respectivamente) ao alcançado em idêntico período de 2019.
De toda forma, todos perdem das duas principais matérias-primas da produção animal, a
despeito de, em junho, o milho ter apresentado ligeiro recuo de preços (-7,27%) e o farelo de soja ter permanecido relativamente estável (alta inferior a meio por cento). Ou seja: em relação a junho de 2019 ficaram 21,26% e 41,23% mais caros, enquanto no acumulado do ano alcançam valores médios mais de 30% superiores aos do primeiro semestre do ano passado. E quem perde mais com esses aumentos é o frango vivo.
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