Boi: Mercado físico abre a semana com forte especulação altista e futuro segue com novas altas
A segunda-feira (11) finalizou com valorizações nos principais vencimentos do Boi Gordo na Bolsa Brasileira (B3). O contrato Novembro/19 finalizou o dia com ganho de 2,27% e com a arroba cotada a R$ 191,20/@. No caso do Dezembro/19 está precificado a R$ 197,50/@ com uma alta de 1,54%, enquanto, o Janeiro/20 registrou um aumento de 1,46% e está ao redor de R$ 198,00/@.
O Analista de mercado da Scot Consultoria, Felippe Reis, destacou que os pecuaristas devem aproveitar o cenário de alta nos preços do mercado futuro e físico. “Nestes momentos é importante o produtor ficar atento e utilizar alguma ferramenta de travas de preços mínimos”, disse em entrevista ao Notícias Agrícolas.
A cotação do boi gordo registrou alta em 19 das 32 praças pesquisadas pela a Scot Consultoria. Em São Paulo, a cotação do boi gordo subiu 1,1% na comparação com sexta-feira, e está cotado em R$ 181,00/@, à vista, sem desconto, R$ 180,50/@ com desconto do Senar, e com desconto do Funrural e Senar a referência está em R$178,50/@.
A indústria também tem repassado a alta de preços da matéria-prima para a carne no atacado, o que tem colaborado para as recentes valorizações do boi casado. “A escalada de preços no mercado físico paulista seguiu firme na última semana em São Paulo e vale a pena ficar atento à dinâmica das programações de abate durante esta semana”, reportou a Radar Investimentos.
A Informa Economics apontou em seu relatório de mercado que a escassez de oferta de boiada gorda tem submetido muitas plantas frigoríficas a digerir as altas acumuladas para não perder negócios. “As indicações de preços no balcão perderam referência, visto que a precificação passou a depender exclusivamente do tamanho do lote, proximidade da planta frigorífica e, principalmente, se enquadra-se em algum protocolo de exportação padrão China ou Europa”, relatou.
Carne
No atacado paulista, a carcaça casada bovina passou por novos reajustes positivos. “O boi casado avançou 7,09%, fechando com média no atacado paulista em R$ 12,31/kg. Nos últimos 30 dias acumula alta de 12,77%. O spread (diferença de preços entre a carne bovina vendida no atacado e a arroba do boi gordo) encerrou a primeira semana de novembro em 3,76%”, destacou a Agrifatto em seu boletim diário.
Exportações
A média diária exportada de carne bovina in natura nos seis dias úteis de novembro ficou em 6,2 mil toneladas, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX). O Volume diário embarcado registrou uma queda de 11,5% se comparado com o mês anterior em que a média ficou em torno de sete mil toneladas.
Nesta segunda-feira, a Arábia Saudita habilitou oito plantas frigoríficas a exportar carne bovina e subprodutos ao país árabe, conforme informou o Ministério da Agricultura. A medida é resultado de negociações iniciadas pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, durante missão em setembro e também da recente viagem do presidente Jair Bolsonaro ao país. “Faz parte de toda a abertura que o Ministério da Agricultura vem fazendo juntamente com o governo federal”, disse Tereza Cristina em nota.
As indústrias frigoríficas que estão habilitadas a exportar são: Fortefrigo, Frigorífico Better Beef, Rio Grande Comércio de Carnes Ltda, Plena Alimentos, Indústria e Comércio de Alimentos Supremo, Frigol, Maxi Beef Alimentos do Brasil e Distriboi - Indústria, Comércio e Transporte de Carne Bovina.
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