Janot, o homem mais poderoso (e perigoso) do Brasil, por Rodrigo Constantino
Uma ala da direita preferiu fingir que Rodrigo Janot não dava todos os sinais de parcialidade em sua cruzada contra a corrupção só para poder atacar “todos que estão aí”, o sistema como um todo, sem distinções. E a bola da vez era Temer com seu PMDB e o apoio do PSDB.
É compreensível a revolta contra todos os principais partidos, todos eles de esquerda, diga-se, ainda que seja cegueira ou burrice não perceber que o PT é mil vezes pior, por não ser “apenas” corrupto, e sim totalitário e bolchevique. Saber quem atacar primeiro não é ter bandido preferido; é questão de prioridade.
Mas, no afã de posar de purista jacobino contra todas as forças do mal, eis que uma turma à direita fechou os olhos e “casou” com Janot. Com Janot! O mesmo que hibernou em cima dos processos contra os petistas graúdos. Fazer pacto com o diabo pensando no curto prazo é sempre muito perigoso.
Carlos Andreazza, em corajoso artigo, mostra como esse apoio a Janot serve apenas aos interesses dos próprios petistas. Não dá para ser inocente útil da extrema-esquerda, que já deu todas as provas de jogar sujo, de não medir esforços e não ter escrúpulo algum em sua busca pelo poder. Diz Andreazza, expondo o duplo padrão do procurador-geral da República:
Note o leitor que, na investida de Janot, muito mais que um movimento contra Aécio Neves, vai explícita a criminalização da atividade política. É da ordem da barbárie difundir uma reunião entre políticos como conspiração contra a democracia. Mas essa generalização — que a todos iguala por baixo — serve a um projeto. A reabilitação do PT, especificamente a de Lula, só está em curso porque se enterrou a política na lama.
Leia a íntegra no blog de Rodrigo Constantino na Gazeta do Povo.
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