O “petrolão” nasceu no Planalto com Lula e Dilma decidiu mantê-lo
NA VEJA – Ex-deputado revela que o petrolão nasceu com aval de Lula e foi mantido por Dilma
Na Veja.com:
Expoente de uma família rica e tradicional do Nordeste, o médico Pedro Corrêa se destacou, durante quase quatro décadas, como um dos parlamentares mais influentes em negociações de bastidores. Como presidente do PP, garantiu a adesão do partido ao governo Lula e – como reza a cartilha do fisiologismo – recebeu em troca o direito de nomear apadrinhados para cargos estratégicos da máquina pública. Essa relação de cumplicidade entre o ex-deputado e o ex-presidente é notória.
Ela rendeu a Corrêa uma condenação à prisão no processo do mensalão, o primeiro esquema de compra de apoio parlamentar engendrado pela gestão petista. Mesmo após a temporada na cadeia, Corrêa se manteve firme no propósito de não revelar o que viu e ouviu quando tinha acesso privilegiado ao gabinete mais poderoso do Palácio do Planalto. Discreto, ele fez questão de ser leal a quem lhe garantiu acesso a toda sorte de benesse. Havia um acordo tácito entre o ex-deputado e o ex-presidente. Um acordo que está prestes a ruir, graças à descoberta do petrolão e ao avanço das investigações sobre o maior esquema de corrupção da história do Brasil.
Como outros mensaleiros, Corrêa foi preso pela Operação Lava-Jato. Encarcerado desde abril, ele negocia há dois meses com o Ministério Público um acordo de colaboração que, se confirmado, fará dele o primeiro político a aderir à delação premiada. Com a autoridade de quem presidiu um dos maiores partidos da base governista, Corrêa já disse aos procuradores da Lava-Jato que Lula e a presidente Dilma Rousseff não apenas sabiam da existência do petrolão como agiram pessoalmente para mantê-lo em funcionamento.
O topo da cadeia de comando, portanto, estaria um degrau acima da Casa Civil, considerada até agora, nas declarações dos procuradores, o cume da organização criminosa. Nas conversas preliminares, Corrêa contou, por exemplo, que o petrolão nasceu numa reunião realizada no Planalto, com a participação dele, de Lula, de integrantes da cúpula do PP e dos petistas José Dirceu e José Eduardo Dutra – que à época eram, respectivamente, ministro da Casa Civil e presidente da Petrobras. Em pauta, a nomeação de um certo Paulo Roberto Costa para a diretoria de Abastecimento da Petrobras.
Pedro Corrêa, José Janene e o deputado Pedro Henry, então líder do PP, defendiam a nomeação. Dutra, pressionado pelo PT, que também queria o cargo, resistia, sob a alegação de que não era tradição na Petrobras substituir um diretor com tão pouco tempo de casa. Lula, segundo Corrêa, interveio em nome do indicado, mais tarde tratado pelo petista como o amigo “Paulinho”. “Dutra, tradição por tradição, nem você poderia ser presidente da Petrobras, nem eu deveria ser presidente da República. É para nomear o Paulo Roberto. Tá decidido”, disse o presidente, de acordo com o relato do ex-deputado.
Em seguida, Lula ameaçou demitir toda a diretoria da Petrobras, Dutra inclusive, caso a ordem não fosse cumprida. Ao narrar esse episódio, Corrêa ressaltou que o ex-presidente tinha plena consciência de que o objetivo dos aliados era instalar operadores na estatal para arrecadar dinheiro e fazer caixa de campanha. Ou seja: peça-chave nessa engrenagem, Paulinho não era uma invenção da cúpula do PP, mas uma criação coletiva tirada do papel graças ao empenho do presidente da República. A criação coletiva, que desfalcou pelo menos 19 bilhões de reais dos cofres da Petrobras, continuou a brilhar no mandato de Dilma Rousseff – e com a anuência dela, de acordo com o ex-presidente do PP.
Por Reinaldo Azevedo
O “petrolão” nasceu no Planalto com Lula e Dilma decidiu mantê-lo
Em mais um furo de reportagem, VEJA tem acesso à delação do primeiro político preso na Lava-Jato a aderir a tal mecanismo
Como não colocar na capa desta semana o fatiamento da Operação Lava-Jato pelo STF, uma das mais importantes e preocupantes notícias do ano? A resposta só poderia ser aquilo por que VEJA já se destaca há décadas: mais um furo de reportagem que possui relevância ainda maior, ao mostrar que o primeiro político preso pelo esquema do “petrolão” a aceitar o acordo de delação premiada resolveu entregar o ex-presidente Lula como possível mentor de tudo. Abaixo, um trecho da reportagem de Robson Bonin:
Pedro Corrêa, José Janene e o deputado Pedro Henry, então líder do PP, defendiam a nomeação. Dutra, pressionado pelo PT, que também queria o cargo, resistia, sob a alegação de que não era tradição na Petrobras substituir um diretor com tão pouco tempo de casa. Lula, segundo Corrêa, interveio em nome do indicado, mais tarde tratado pelo petista como o amigo “Paulinho”. “Dutra, tradição por tradição, nem você poderia ser presidente da Petrobras, nem eu deveria ser presidente da República. É para nomear o Paulo Roberto. Tá decidido”, disse o presidente, de acordo com o relato do ex-deputado. Em seguida, Lula ameaçou demitir toda a diretoria da Petrobras, Dutra inclusive, caso a ordem não fosse cumprida. Ao narrar esse episódio, Corrêa ressaltou que o ex-presidente tinha plena consciência de que o objetivo dos aliados era instalar operadores na estatal para arrecadar dinheiro e fazer caixa de campanha. Ou seja: peça-chave nessa engrenagem, Paulinho não era uma invenção da cúpula do PP, mas uma criação coletiva tirada do papel graças ao empenho do presidente da República. A criação coletiva, que desfalcou pelo menos 19 bilhões de reais dos cofres da Petrobras, continuou a brilhar no mandato de Dilma Rousseff – e com a anuência dela, de acordo com o ex-presidente do PP.
A denúncia é da maior gravidade, apesar de todos os brasileiros minimamente informados já terem claro que Lula era mesmo o mandachuva do esquema. Seria muito absurdo imaginar que o ex-presidente fosse apenas um figurante no maior esquema de corrupção montado no estado durante sua gestão, que o beneficiou diretamente. Mas quando alguém de dentro, próximo, resolve colocar a boca no trombone, isso faz toda a diferença do mundo.
Diante disso, chega a ser quase hilariante – não fosse tão nojenta – a peça de humor involuntário que o deputado petista Paulo Teixeira publicou hoje no GLOBO, defendendo Lula e repetindo a “tese” patética de que querem prende-lo porque não suportam tudo o que ele fez pelos pobres do Brasil (o que mesmo ele fez exatamente, além de gerar inflação alta e quebrar o país?). Se não for caso de demência, então o sujeito precisa ser muito cínico e cara de pau mesmo para escrever tais linhas e comparar Lula a Prometeu!
Felizmente temos, no mesmo jornal, a coluna de Guilherme Fiuza hoje, para trazer bom senso, sempre com ironia, ao debate político. Ler o texto de Fiuza e depois o do deputado petista é contrastar o Brasil que pensa e tem honestidade com a ala, cada vez menor, dos defensores do indefensável, seja por canalhice, seja por estupidez. Diz Fiuza:
Quem achava que tinha chegado ao fim a capacidade do brasileiro de ser ludibriado pela demagogia coitada, errou feio. Eis que surge o Partido dos Trabalhadores, todo melecado de pixulecos de variados calibres, no centro de uma orgia bilionária onde inventou a propina oficial com doações eleitorais de empresas, propondo o fim das… doações eleitorais de empresas. Você teve que ouvir: o PT quer purificar o processo eleitoral brasileiro, protegendo-o da influência do poder econômico. É o socialismo de porta de cadeia.
O Brasil cai em todas, e não deixaria de cair em mais essa. O companheiro monta em cima, rouba, estupra, enfia a mão na bolsa da vítima tentando arrancar mais uma CPMF, e ao ser pego em flagrante, grita: vamos discutir a relação! A vítima se senta, acende um cigarro, faz um ar inteligente e começa a debater o celibato das empresas no bordel eleitoral. Contando, ninguém acredita.
O fatiamento do Lava-Jato pode ser um duro golpe contra a Justiça, e caberá a todos nós impedir isso. Se houver perda de interesse, se uma vez mais o brasileiro se mostrar acomodado, impotente e fatalista, numa de que isso aqui nunca vai ter jeito mesmo e que não adianta lutar, então os bandidos do PT triunfarão. Como diz a reportagem da VEJA sobre o assunto:
O Brasil vive hoje um momento único. Quadrilheiros disfarçados de políticos tomaram de assalto o estado, sob a negligência ou cumplicidade de muitos. Agora a ficha já caiu para a imensa maioria, e milhões de brasileiros aguardam ansiosamente pela merecida punição dos envolvidos, inclusive no alto escalão. Se tudo terminar mesmo em pizza, será um golpe jamais visto na esperança da população decente. Sua reação poderá ser a passividade, como de praxe. Mas também poderá ser imprevisível.
Os monstros do pântano estão brincando com fogo, estão confiando demais no mito do eterno pacato cidadão. Haverá um dia em que a ebulição será inevitável, como uma panela de pressão que explode. O sapo está sendo escaldado há 13 anos, mas não morreu ainda, e poderá, num ato de revolta, saltar da panela, meio chamuscado, achando que tem pouco a perder, querendo incendiar tudo em volta. Querendo fazer justiça com as próprias mãos, sinal do fracasso da civilização, marcada pelo império das leis.
A maneira indecente com que os advogados dos réus do “petrolão” celebraram o fatiamento no STF demonstra o escárnio, o descaso com a opinião pública. Mas, em contrapartida, alguns petistas já não conseguem mais frequentar um restaurante, sair às ruas, pegar um avião comercial. O mesmo vale para Stédlie, quando está sem seu “exército”. Se abusarem demais da impunidade, isso poderá ser apenas o começo de uma nova era de revoltas populares fora de controle. Quem viver, verá.
Rodrigo Constantino
Gilmar Mendes, o fatiamento e as tolices
Leiam o que informa Alexandre Aragão, na Folha. Volto em seguida.
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes afirmou nesta sexta-feira (25) que o fatiamento das ações da Operação Lava Jato, aprovado pelo tribunal nesta semana —votação na qual o magistrado foi voto vencido—, terá de ser rediscutido eventualmente. “Tenho a impressão de que muitas dessas pessoas que estão sendo investigadas ou presas em Curitiba entrarão com esse mesmo argumento, e o tribunal terá que fazer outras distinções”, disse. “O tribunal terá que recompreender e rediscutir isso em outro momento.”
O ministro também argumentou que a mudança obrigará a Justiça Federal a promover maior coordenação entre os diversos tribunais que passarão a receber ações ligadas à Lava Jato. “Estamos falando de crimes que ocorrem no Brasil todo e no exterior. Tenho a impressão de que temos que mudar os paradigmas. Era desnecessário, não precisava chegar a esse ponto”, afirmou. “Há uma conexão pela própria prova, que é comum a todos os casos.”
Na quarta-feira (23), o STF aprovou por 8 votos a 2 o primeiro fatiamento da Lava Jato. O caso específico analisado foi o da senadora Gleisi Hoffman (PT-PR), citada por um dos delatores como recebedora de propina para campanha eleitoral. O processo dela foi remetido ao Supremo pelo juiz federal Sergio Moro, responsável pela operação no Paraná, porque a petista possui prerrogativa de foro —conhecida como foro privilegiado. Além de Gilmar, votou contra o fatiamento o decano da corte, Celso de Mello.
O tribunal decidiu que supostos crimes sem ligação direta com a corrupção na Petrobras, fato que deu origem à investigação, não devem ser remetidos necessariamente aos juízes responsáveis pela Lava Jato inicialmente. Desse modo, a relatoria deixou o gabinete do ministro Teori Zavascki, responsável até então pelas ações ligadas à Lava Jato no STF, e foi redistribuída ao gabinete do ministro Dias Toffoli.
Por 7 votos a 3, o tribunal decidiu no mesmo sentido em relação a Moro. Desse modo, a investigação do caso em que Gleisi foi citada também deixará a vara do juiz federal, no Paraná. O argumento é que, como os supostos crimes não aconteceram no Estado, não precisam ser julgados ali. O ministro Luís Roberto Barroso, que votou a favor da retirada do processo do gabinete de Teori, juntou-se a Gilmar e Celso de Mello em relação a Moro, dizendo que cabe ao juiz federal pronunciar-se sobre sua competência ou não de julgar o processo.
Em seu voto, Gilmar mostrou-se preocupado com o impacto da decisão, argumentando que a investigação da força-tarefa do Ministério Público pode ser afetada, e a mesma organização poderá ter sentenças diferenciadas, “decepando uma competência que deveria se afirmar, produzindo monstrengos”.
(…)
Voltei
Ser trouxa deve ser gostoso, útil e eventualmente lucrativo. Ou não haveria tantos. É claro que eu concordo com Gilmar Mendes. É evidente que a questão acabará sendo reexaminada pelo Supremo. E quem vai provocar esse reexame são os advogados dos réus.
EU FUI CONTRA O FATIAMENTO DO MENSALÃO.
EU SOU CONTRA O FATIAMENTO DO PETROLÃO.
Melhor ainda: SEMPRE FUI CONTRA O FATIAMENTO DO PETROLÃO. Justamente porque eu considerava que existia, e existe, uma organização criminosa no comando de toda a bandalheira — pouco importa se está na Petrobras, na Eletrobras, no Planejamento , na rua, na chuva ou numa casinha de sapé — defendi, desde sempre, que tudo fosse enviado ao Supremo.
Se bastaram três deputados para arrastar para o STF 35 acusados no mensalão, a penca de políticos de agora, todos com foro especial, deveria ter levado pra corte superior todo o caso. Ah, mas aí surgiu aquela história de, “se isso acontecer, vai gerar impunidade”.
O que escrevi é que o fatiamento decorre da forma escolhida pela força-tarefa para tocar as coisas. E eu sempre apontei o que considerei erro.
EU GOSTARIA, SIM, DE VER A PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA OFERECENDO A DENÚNCIA CONTRA A MÁQUINA CORRUPTA QUE TOMOU CONTA DO ESTADO EM NOME DE UM PROJETO DE PODER. MAS ONDE ESTÁ ESSA DENÚNCIA?
E cumpre não perder de vista: se Gleisi chegar a ser julgada pelo Supremo, com relatoria de Toffoli ou de Zavascki, serão os mesmos cinco ministros da turma a decidir o seu destino. Não muda nada.
As alterações relevantes podem se dar na primeira instância, com alguns casos saindo das mãos de Sergio Moro. Reitero: os empreiteiros que estão sob sua jurisdição ali continuarão. Afinal, assim é porque são acusados de ilegalidades na relação com a Petrobras.
Por Reinaldo Azevedo
Dilma na linha
Há algumas semanas, o telefone de Michel Temer tocou no Palácio do Jaburu. Avisado de que era a presidente na linha, o vice, que ainda era o articulador político do governo, pegou o aparelho e foi surpreendido por gritos ininteligíveis. Com sua calma característica, Temer desligou o telefone sem dizer palavra. Dilma voltou a ligar, bem mais calma. Temer explicou: “Desculpe, presidente. Alguém estava gritando muito aí do lado e quase não dava para ouvir o que a senhora dizia”.
Da redação
Enquanto isso, no presídio…
O ambiente para os presos da Lava-Jato se tornou um pouco mais espartano no Complexo Médico-Penal do Paraná, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. A administração tirou das celas objetos que podiam ser vistos como “regalias” para os presos ilustres. Marcelo Odebrecht perdeu uma mesinha que havia construído com pedaços de madeira e que ele vinha usando como escrivaninha. Ficou desconsolado.
Da redação
TV na carceragem
Na condição de delator premiado, Alberto Youssef é o único preso na carceragem da PF com acesso a TV, com autorização de Sergio Moro. Como as celas são vazadas, ele fez um acordo com os outros detentos para aumentar o volume do aparelho na hora do Jornal Nacional. Assim, todos ficam sabendo as últimas da Lava-Jato. O doleiro, tido como boa-praça, se dá bem com todo mundo, mas reclamou quando a PF quis colocar em sua cela um paraguaio contrabandista de cigarros. Os santos não bateram.
Da redação
Fundação do PT lança um documento de contestação à política de Joaquim Levy (por JOSIAS DE SOUSA, do UOL)
Num instante em que a oscilação do dólar denuncia as incertezas quanto aos rumos da política econômica do governo, a Fundação Perseu Abramo, braço acadêmico do PT, patrocina o lançamento de um documento que borrifa gasolina no incêndio. O texto incorpora contribuições de “mais de uma centena de especialistas”. Chama-se “Por um Brasil Justo e Democrático”. A pretexto de sugerir um “projeto de desenvolvimento” para o país, faz críticas ácidas à condução da economia e ao ministro Joaquim Levy (Fazenda).
O documento será divulgado com pompa nesta segunda-feira, num hotel do centro de São Paulo, com transmissão ao vivo pela internet. Nele, lê-se a acusação de que Levy, recrutado por Dilma na diretoria do Bradesco, defende no governo os interesses dos bancos e impõe sacrifícios desnecessários ao brasileiro. O texto anota que a política econômica comandada por Levy joga o país numa recessão, promove a deterioração das contas públicas e reduz a capacidade do Estado de promover o desenvolvimento.
Na opinião dos economistas que redigiram o documento, a lógica do ajuste fiscal pretendido por Levy é caolha, privilegiando “a defesa dos interesses dos grandes bancos e fundos de investimento.” Ouvido pelo blog sobre o teor do texto, um auxiliar de Dilma disse na noite desta sexta-feira (25) que ele não reflete a opinião da presidente. Reconheceu, porém, que a divulgação deve produzir consequências ruinosas. Indagou: como podemos exigir dos nossos aliados que ajudem a aprovar o ajuste fiscal no Congresso se o PT não se mostra convencido do acerto.
Levy costuma dizer que a deterioração dos indicadores da economia não é causada pelo ajuste, mas pela política desenvolvida antes da sua chegada. O documento dos economistas companheiros discorda desse ponto de vista. Anota: entre 2013 e 2014, o Brasil não apresentava, sob nenhum aspecto considerado, um cenário de crise que exigisse tamanho sacrifício da população.
O documento sustenta que é a política econômica atual que contribui para deteriorar o ambiente econômico e social, potencializando a crise política e “as ações antidemocráticas e golpistas.” Além da Fundação Perseu Abramo, subscrevem as críticas à condução da economia as seguintes organizações: Brasil Debate, Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, Fórum 21, Plataforma Política Social, Le Monde Diplomatique Brasil e Rede Desenvolvimentista.
As críticas dos economistas companheiros ecoam em público algo que os petistas —Lula à frente— vêm dizendo a portas fechadas. A turma esquece que, sob Dilma, quem manda na economia é ela. Ex-conselheiro informal de Lula e da própria Dilma, o economista Delfim Netto atribuiu a Dilma a ruína econômica: “…Ela é simplesmente uma trapalhona”, disse Delfim.
J. R. Guzzo: Fim de feira
Publicado na versão impressa de VEJA
J. R. GUZZO
Tudo que começa mal acaba mal, mas o governo da presidente Dilma Rousseff conseguiu trazer uma novidade para esse antigo ensinamento da sabedoria popular ─ está sendo capaz de acabar mal o que nunca chegou a começar. Um dia, mais cedo ou mais tarde, a presidente vai atravessar pela última vez a porta do Palácio do Planalto; é possível, até mesmo, que só acabe indo embora no fim do seu período oficial no emprego, em 1º de janeiro de 2019, data que cada vez menos gente ainda acha que é para valer. Mas, seja lá qual for o dia da saída, Dilma já está acabando. Deixa atrás de si, apenas, algo que Vinicius de Moraes descreveria como uma casa muito engraçada, que não tinha teto, não tinha nada; nela ninguém podia entrar não, porque a casa não tinha chão. É claro que muita gente acha bem pouca graça, ou não acha graça nenhuma, na conta que a presidente está assinando para largar em cima da mesa. Trata-se de um caso raro, sem dúvida: ao contrário do que em geral acontece com as casas, seu governo foi demolido, por ela própria, antes de ser construído. Mas é certo que será isso, precisamente, que vai sobrar após os “X” anos e “Y” meses, dias e horas que Dilma terá passado na Presidência da República: um sombrio trabalho de remoção de entulho, com preço exorbitante, sem previsão de entrega e com resultado final incerto. Seu destino, para quem acredita em destino, era ser derrotada ao fim da linha. Para quem não acredita, ela está acabando mal simplesmente porque nunca fez o mínimo necessário para acabar de outro jeito.
Fernando Gabeira: Navegando no pântano
Publicado no Estadão
FERNANDO GABEIRA
Navegando no pântano do Rio Pandeiros, no norte de Minas, tive uma intuição sobre o curso das coisas no Brasil. As plantas aquáticas dominavam o caminho, não se via água. Onde estava o leito do rio? Nosso objetivo era alcançar o São Francisco onde o Rio Pandeiros desemboca.
Tags: Dilma Rousseff, Fernando Gabeira, impostos, Navegando no pântano,PMDB, Rio São Francisco
tante, sem previsão de entrega e com resultado final incerto. Seu destino, para quem acredita em destino, era ser derrotada ao fim da linha. Para quem não acredita, ela está acabando mal simplesmente porque nunca fez o mínimo necessário para acabar de outro jeito.
Tags: Dilma Rousseff, fim de feira, fim de governo, J.R. Guzzo
2 comentários
Prejuízos na pecuária devem continuar em 2022, avalia o presidente da Assocon
Exportações totais de carne bovina caem 6% no volume e 11% na receita em janeiro
Santa Catarina mantém proibição de entrada de bovinos vindos de outros estados
A "filosofia" de Paulo Guedes para a economia brasileira. Os liberais chegaram ao Poder
O misterioso caso de certo sítio em Atibaia (Por Percival Puggina)
Integrante da equipe de transição de Bolsonaro é crítica severa do agronegócio
Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR
O governo petista é campeão em criar siglas PRONATEC, FIES, ENEM e por aí vai.
Uma sigla muito usada e, colocou em evidência a criatura do criador, quando ele lançou o bordão: MÃE DO PAC. Recentemente o criador está sendo alvo de uma sigla semelhante, mas não deve ter provocado euforia em seus seguidores, a sigla em questão é "PIC" e quer dizer "Procedimento de Investigação Criminal", ato que, segundo o MPF, corresponde a um inquérito na esfera da Polícia Federal. A investigação quer "elucidar suspeitas" de ligações do ex-presidente com empresas patrocinadoras de viagens e compradoras de palestras. O procurador Valtan Timbó Martins Furtado, que não comenta o processo, já sofreu uma ação movida pelo "investigado". Mas a representação foi arquivada. O PIC determinou que a DAG Construtora e a Odebrecht expliquem preços de passagens e custos de viagem ao Caribe e à África, assim como entreguem as listas de passageiros desses voos. Pediu ainda ao chefe da Delegacia Especial do Aeroporto Internacional do Distrito Federal, da Polícia Federal, os registros de entrada e saída de Lula e do ex-diretor da Odebrecht Alexandrino de Alencar, assim como dados sobre voos privados (jatinhos). A Odebrecht entregou os dados no dia 22 de agosto. A Líder não comenta o caso, que corre em sigilo a pedido do Instituto Lula, do BNDES e do Itamaraty. A VACA TOSSIU... &... ESTÁ INDO PRO BREJO !!!Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR
QUANDO SERÁ O DIA "D" NO BRAZIL ???
No conflito mundial que levou à SEGUNDA GUERRA, o dia do desembarque dos aliados na Normandia foi chamado de "DIA D", que culminou com a libertação dos países invadidos por governos autoritários. Quando irá ocorrer a libertação do povo brasileiro desta "espiral socialista", que segundo alguns especialistas no assunto, iniciou-se há décadas. Todos os dias os veículos de comunicações nos enchem com noticias de toda sorte, mas as que têm chamado à atenção são sobre o "petrolão". A última que causou furor em todas as esferas foi o fatiamento que o STF autorizou sobre as investigações, tirando da equipe do MPF do Paraná, a investigação relacionada a supostos desvios no Ministério do Planejamento. Na decisão, os ministros separaram a investigação em duas partes ? uma específica sobre Gleisi Hoffmann, que ficou com Dias Toffoli ? e outra relacionada ao ex-vereador de Americana (SP) Alexandre Romano (PT-SP), que, segundo as investigações, teria intermediado repasses de dinheiro oriundo do Planejamento em benefício da senadora. A investigação específica sobre ele é que sairá das mãos de Moro e ficará com a Justiça Federal de São Paulo. Ocorre que vários ministros do STF, através de seus pronunciamentos, concordam que estão lidando com uma "ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA". Por acaso o judiciário está blindado de "influências"? Veja como estamos anestesiados há décadas: O "DEPUTADO FEDERAL", Paulo Salim Maluf, tem uma biografia de causar inveja aos atuais políticos, contas foram descobertas no exterior, o dinheiro foi resgatado pela justiça brasileira, bancos fizeram acordos com MPF sobre esse caso, e pagaram quantias milionárias para que o processo fosse arquivado. Este "senhor" tem ordem de prisão pela INTERPOL em mais de 150 países e, no BraZil ele é eleito e mantido no cargo como representante do povo brasileiro. O QUÊ VOCÊS ACHAM QUE NOS AGUARDA ???