Mercado prevê inflação, juros e recessão ainda maiores em 2015. Pessimismo com desemprego..
Pessimismo com desemprego
O desemprego subiu de 5,9% para 6,2% em março, maior nível de desocupação desde maio de 2011, mas ainda deve aumentar, na opinião da maioria dos trabalhadores.
É o que revela um levantamento do site de classificados Catho junto a seus assinantes: 62% dos entrevistados acreditam que o desemprego vai crescer até o final do ano e 81% acham que a crise política e as incertezas na economia têm impactos diretos no mercado. A Catho ouviu 14 235 trabalhadores entre 20 e 24 de março.
Por Lauro Jardim
Mercado prevê inflação, juros e recessão ainda maiores em 2015
Na VEJA.com:
Os economistas do mercado financeiro voltaram a projetar uma desaceleração na economia do país e um aperto monetário maior para 2015. Segundo o boletim semanal Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira, houve aumento nas estimativas da inflação e dos juros e queda no Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB) neste ano.
Segundo o boletim, a estimativa é de que a inflação aumente de 8,25% para 8,26%, em 2015. Apesar do aumento de apenas 0,1 ponto percentual, a previsão está muito acima do teto da meta, de 6,5%, e ainda mais longe do centro da meta, de 4,5%. Após quatro semanas sem alterações, os analistas estimam o aumento na taxa Selic, de 13,25% para 13,50%. Na última semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa básica de juros de 12,75% para 13,25%. A elevação da taxa é usada pelo governo como instrumento para segurar a inflação. Os economistas também esperam uma queda maior no PIB, de 1,18% deste ano – na semana passada, a estimativa era de 1,10% negativo. Para 2016, a previsão é de um avanço de 1%.
Por Reinaldo Azevedo
Santana-PT-Angola: a classe petralha é internacional
Queridos leitores, quando se atravessa o umbral do petismo, é preciso deixar para trás todo saber convencional, mais ou menos como a divisa do Inferno na Divina Comédia, de Dante: “Deixai toda esperança, ó vós que entrais”. Se um dia a sua inteligência for contaminada pela, digamos, lógica do partido, aí, meus caros, é grande a chance de você nunca mais vislumbrar o céu da razão.
A classe operária, ao contrário daquela tolice marxista, nunca foi internacional. Mas a classe petralha, ah, essa é, sim. Aliás, tem até o seu “Komintern” de picaretas: o Foro de São Paulo, organização criada em 1990 por Lula e Fidel Castro para reunir os partidos de esquerda da América Latina e Caribe. Entre os “companheiros” da turma estavam os narcoterroristas das Farc. Foi numa dessas reuniões, diga-se, que Hugo Chávez conheceu o terrorista Raúl Reyes, morto pelo Exército colombiano em 2008, no Equador. Mas sigamos.
A Polícia Federal está investigando uma operação realizada em 2012 por João Santana, marqueteiro do PT. Uma de suas empresas, a Pólis Propaganda & Marketing, trouxe de Angola para o Brasil nada menos de US$ 16 milhões, o equivalente, à época, a R$ 33 milhões. Santana diz que se trata de dinheiro que ganhou na campanha eleitoral daquele país. Ele foi o marqueteiro do ditador José Eduardo Santos, que está no poder desde… 1979!
Além de Angola, o marqueteiro petista fez ainda campanha para Mauricio Funes (Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional), em El Salvador, em 2009; para Hugo Chávez (Partido Socialista Unido da Venezuela), em 2012, e, no mesmo ano, para Danilo Medina (Partido da Libertação Dominicana). Curiosidade: as três agremiações integram o Foro de São Paulo. Adiante.
Em 2012, deu-se no Brasil a eleição de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo, que ficou sob o comando de Santana, pela qual ele cobrou, oficialmente ao menos, R$ 36 milhões. A Polícia Federal investiga se a operação de internamento dos US$ 16 milhões não foi uma triangulação envolvendo lavagem de dinheiro. A hipótese: empreiteiras brasileiras que atuam em Angola teriam pagado a Santana, no exterior, pela campanha de Haddad — longe dos olhos da Justiça Eleitoral brasileira —, e ele teria se encarregado de trazer o dinheiro para o Brasil.
Em entrevista à Folha, o marqueteiro nega qualquer irregularidade e desafia que se prove o contrário. Até onde se sabe, cumpriu, de fato, todos os rituais legais para trazer o dinheiro, pagando impostos de R$ 6,29 milhões. Santana criou uma página eletrônica — www.averdadesobreapolis.com.br — para explicar a operação. Exibe também os documentos dos pagamentos feitos pelo PT pela campanha de Haddad. Ele disse que vai cobrar retratação da PF por causa do inquérito, no qual já depuseram João Vaccari Neto e o prefeito de São Paulo.
Algumas questões a considerar. Operações desse tipo, dizem especialistas, não são corriqueiras, até pelos pesados impostos que implicam. Santana diz que não deixou o dinheiro em Angola porque não mantém negócios por lá. Afirma ainda ter cobrado US$ 20 milhões pela campanha do ditador José Eduardo dos Santos. Vá ganhar dinheiro assim lá em Angola, né? Um lucro líquido de 80% faz menos de Santana um gênio do que de Santos um idiota. E, creiam, eis uma coisa que não se pode afirmar. Um dos tiranos mais ricos do mundo — Isabel dos Santos, sua filha, é dona de uma fortuna de US$ 3,3 bilhões — não é do tipo que joga dinheiro pela janela.
Há mais. Eu nunca acreditei na prestação de contas dos partidos — de nenhum! O que vai agora não vale apenas para o PT, não: sempre que vocês lerem o valor oficial de uma campanha, acrescentem uns 60% de “recursos não contabilizados”, para lembrar a expressão consagrada por Delúbio Soares.
Que a polícia investigue, pois, se houve alguma irregularidade, embora eu não acredite que vá sair coelho desse mato, além da nossa estupefação. Tudo parece ter sido feito para não deixar arestas.
Lembrem-se, para arrematar, que Angola passou a ser um dos países com os quais os petistas mantêm, digamos, relações privilegiadas. A vantagem de negociar com ditaduras — ainda que uma ditadura disfarçada de democracia, como é o caso — é que inexiste compromisso com a transparência. Querem exemplos? Qual é a chance de Angola ou Cuba fornecerem documentos confiáveis sobre os financiamentos feitos pelo BNDES?
O fato de a classe petralha ser internacional torna a vida dessa gente uma festa.
Texto publicado originalmente às 5h09
Por Reinaldo Azevedo
Políticos do Paraná terão de escolher entre os valores que rasgam a bandeira do Estado e os que a preservam. Qual será o caminho?
Vejam acima três fotos da bandeira do Paraná, manchada de tinta, rasgada, vilipendiada. Voltarei a elas mais tarde. Agora, outras considerações.
Embora os professores do Paraná estejam entre os mais bem remunerados do país, parte da categoria está em greve — a que segue a orientação do sindicato, que é petista. As pessoas podem deixar de trabalhar mesmo não havendo motivos? Podem. Desde que arquem com as consequências. Os alegados para a paralisação do trabalho no Estado são falsos. Uma coisa, no entanto, é certa: à violência, ninguém pode recorrer. E ponto. Nesse caso, não se trata de ação de grevistas, mas de bandidos.
Atenção para o que vai agora: o senador Alvaro Dias, tucano do Paraná, decidiu apadrinhar a candidatura do marxista Luiz Edson Fachin para o Supremo. Consta que o governador Beto Richa (PSDB) também. Pois é… Não vou tratar aqui de autoria em sentido criminal, penal, mas de identidade de valores.
A, vamos dizer, autoria ideológica — refiro-me à ideologia como conceito político — da ação truculenta daqueles que se dizem professores é de gente como Fachin e seus amigos. Basta ler o que pensa este senhor sobre os movimentos sociais para saber que ele acha que o direito se constrói assim mesmo, na “luta” e na “rua”.
Pergunta-se: os métodos a que recorre o MST, liderado por João Pedro Stedile, um dos padrinhos de Fachin, são muito diferentes dos empregados pelos professores? Resposta: não! A depender do caso, os sem-terra podem ser ainda mais truculentos.
Atenção! Os indivíduos fazem escolhas e, assim, vão fazendo história. Mas essa história é feita segundo crenças e valores. O pensamento jurídico de Fachin — e quero, aqui, fazer justiça à sua trajetória — instrui justamente os que decidem, como é mesmo? “fazer história” na base do berro.
Se políticos eleitos do Paraná passam a endossar seu nome para o Supremo apenas porque o homem fez carreira no Estado, então é forçoso reconhecer que ajudam a conduzir à corte máxima do país alguém cujos valores contribuem para rasgar a bandeira e entronizar a baderna.
Não há meio-termo nem meio tom nessas coisas. Dias e Richa, no que diz respeito a Fachin, terão de escolher entre valores que execram esse tipo de manifestação e valores que o endossam.
É simples assim. É complicado assim.
Ah, sim: as cenas grotescas vistas lá no alto são do dia Primeiro de Maio, e a bandeira arriada e rasgada é a que tremulava em frente ao Palácio Iguaçu. A tinta vermelha é uma alusão ao sangue dos grevistas, derramado, segundo os esquerdistas, pela PM. Vai ver o sangue dos muitos policiais feridos não é vermelho…
Texto publicado originalmente às 3h01
Por Reinaldo Azevedo
Vídeo abortado
Uma das versões dos vídeos do 1º de maio de Dilma Rousseff não foi ao ar. Nele, Dilma simplesmente chamava a oposição para o embate. Eis um trecho do discurso abortado:
- Disseram que eu não fui para a TV por ter medo de panelaço. Eu não tenho medo das vozes das ruas.
A versão foi descartada por ser considerada muito provocativa. Por prudência – e talvez porque alguém de bom senso no Planalto percebeu que o governo não está com forças para brigar neste tom.
Por Lauro Jardim
Desafios de aço
Benjamin Steinbruch recebeu dois duros golpes nos seus planos de reduzir o endividamento da CSN.
Há um mês, a siderúrgica sofreu com a alteração dos benefícios fiscais no pagamento de ICMS no Rio de Janeiro. Hoje, a empresa paga cerca de 200 milhões de reais por ano em impostos no estado. Luiz Fernando Pezão acha pouco e, com a nova legislação, quer a volta do período em que a CSN despejava 1 bilhão de reais nos cofres públicos.
A outra mordida veio da área ambiental: o governo do Rio executou uma fiança bancária da siderúrgica de 13 milhões de reais por não cumprimento dos compromissos de um termo de ajustamento de uma fábrica.
Steinbruch nunca teve boas relações com Sérgio Cabral e, pelo visto, a tradição seguirá com Pezão.
Por Lauro Jardim
Patrimônio mais gordo
A Receita Federal começou a avaliar a evolução patrimonial dos envolvidos na operação Lava-jato a partir de 2003.
Zwi Skornicki, suspeito de ser o operador do estaleiro Keppel Fels na roubalheira da Petrobras, engordou o patrimônio de 1,8 milhão de reais para 63,2 milhões de reais no período.
Já os bens do lobista Milton Pascowitch, acusado de operar propinas da Engevix, pularam de 574 000 reais para 28,2 milhões de reais.
(Atualização às 20h17: Zwi entrou em contato e informou que todos os seus bens estão declarados e que jamais foi autuado pela Receita Federal)
Por Lauro Jardim
PT: o maior manancial do mundo de consultores empresariais e especialistas em capitalismo!
Nunca antes na história “destepaiz”, um partido dito “de trabalhadores” gerou tantos especialistas em negócios. Agora foi a vez de o ex-deputado Cândido Vaccarezza abrir uma consultoria empresarial, seguindo os passos de outros petistas investigados ou mesmo condenados. José Dirceu se tornou consultor. Antônio Palocci se fez uma megaconsultor. E chegou a vez de Vaccari.
Rejeitado nas urnas pelos eleitores e ensopado pela Operação Lava Jato, o que restou ao peixão daquele partido que se dizia socialista? Ora, seguir a sina dos outros dois: ensinar empresário a ser empresário. Não é encantador?
Informa a Folha que a CB Assessoria e Consultoria Empresarial, de Vaccarezza, começou a funcionar no dia 13 de março, uma semana depois de tornada a pública a lista de investigados, na qual está o agora “consultor”. Alberto Yousseff diz ter entregado a Vaccarezza “três ou quatro” remessas de R$ 150 mil, a pedido de Paulo Roberto Costa.
Que Vaccarezza seja íntimo do mundo empresarial, disso, convenham, já sabíamos. A Polícia Federal interceptou, às 15h do dia 24 de novembro, um telefonema do então ainda deputado para a mulher de Léo Pinheiro, dono da OAS, cuja prisão preventiva acabara de ser decretada. Diz o petista:
“Alô, Ângela, aqui é o Vaccarezza. Eu sei que não está tudo bem, eu estava no exterior. Eu estou ligando primeiro para me solidarizar e para dizer que sou amigo do Léo. Eu sei que você não precisa de nada, mas se você precisar de alguma coisa, queria que contasse comigo”.
E acrescentou: “Eu sou amigo dele [Léo Pinheiro] de muitos anos. Não tem nada de política, não tem negócios, eu gosto de Léo pessoalmente. Acho injustiça como ele está sendo tratado. Pode ter certeza e falar para os seus filhos que ele é um homem de bem, que não merecia ser tratado desse jeito”. E se pôs à disposição: “Esse [telefone] de Brasília fica ligado direto, pode ligar, se quiser, alguém ligar, pode mandar… No que precisar eu estou à disposição”.
A gente nota que havia um “consultor empresarial” aprisionado no corpo de um deputado socialista. Finalmente, ele está livre, não é?, para dar dicas sobre o capitalismo brasileiro. Vai ver nenhum de nós tinha entendido até havia pouco o petismo. O partido estava aí para prestar consultoria ao capital, e isso a que se chama “corrupção” é apenas corretagem.
Por Reinaldo Azevedo
Líder do PMDB no Senado, que combatia Fachin, leva a presidência do Banco do Nordeste. Será que vai virar um “fachinista”? Ou: Dos que cobram e dos que fazem de graça
Eunício Oliveira (PMDB-CE) vinha fazendo oposição à indicação do marxista-cutista-emessetista-e-antifamiliista Luiz Edson Fachin para o Supremo. Nos últimos dias, seu ânimo esfriou um tantinho. Aí se descobriu que o senador estava empenhado em fazer o novo presidente do Banco do Nordeste. E houve quem associasse uma coisa à outra, como costuma ser moda na República dos Compadres: “Você leva o Banco do Nordeste e para de fazer oposição ao meu candidato ao Supremo”. O Brasil não é esse gigante deitado eternamente por acaso.
Pois bem: saiu a nomeação para o banco. O novo presidente é Marcos Holanda, professor do Departamento de Economia Aplicada da Universidade Federal do Ceará. É homem de Eunício. O senador já teve terras invadidas, em Corumbá de Goiás, pelas ideias de Fachin, cuja materialização é o MST. Mas sabem como é o patriotismo no Brasil… Vamos ver como vai reagir o senador, agora que emplacou a presidência do banco. Se Eunício também se tornar um marxista-cutista-emessetista-e-antifamiliista, o chato será para os milhares de outros proprietários rurais que são vítimas do MST e do “fachinismo”, né? Afinal, não levam banco nenhum em troca!
Querem outra graça sem graça? Se Eunício votar em Fachin, vamos convir: segundo os critérios vigentes em Brasília, ele ao menos terá um forte motivo. Bonzinhos, de verdade, são os tucanos. Tendem a endossar o homem sem levar nada em troca. Na condição de oposicionistas, farão de graça o que peemedebistas, que estão no governo, só fazem cobrando.
O Brasil não está deitado eternamente por acaso. Mas não sejamos precipitados: vamos ver como vai agir o líder do PMDB no Senado.
Por Reinaldo Azevedo
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