Demanda anima empresas de fertilizantes

Publicado em 14/05/2010 08:51 e atualizado em 14/05/2010 11:00
Apesar de resultados díspares, Fosfertil e Heringer veem cenário positivo no segmento neste ano
A boa demanda brasileira por fertilizantes no primeiro trimestre, inclusive com a antecipação de compras do insumo já visando à próxima safra de grãos de verão (2010/11), cujo plantio só começará no fim do terceiro trimestre, animou as principais empresas de capital aberto da área a esperar um 2010 de resultados positivos.

A Heringer, que tem seu foco nas vendas de produtos ao consumidor final e está entre as três maiores companhias do segmento, beneficiou-se da normalização do mercado no começo deste ano, após a paradeira geral do início de 2009, e vendeu mais, sobretudo para soja, milho e cana. A companhia encerrou o primeiro trimestre com receita líquida de R$ 652,7 milhões, 1,9% maior que em 2009, mas com retração de 13,1% no resultado operacional, que ficou em R$ 10 milhões, e prejuízo líquido de R$ 18,7 milhões.

A Fosfertil, maior fabricante de matérias-primas para a produção de adubos do país, comunicou à CVM que a receita líquida somou R$ 558 milhões no primeiro trimestre do ano, 17% menos que no mesmo período de 2009, mas que o resultado operacional subiu 14%, para R$ 101 milhões, e o lucro líquido cresceu 9%, para R$ 41 milhões. O controle da empresa, antes nas mãos das multinacionais Bunge, Mosaic e Yara, está sendo transferido para a Vale, que anunciou a aquisição de suas respectivas participações no início do ano e está concluindo o negócio.

Em ambos os casos - Heringer e Fosfertil - a receita entre janeiro e março deste ano foi pressionada pela redução de preços, já que os volumes vendidos aumentaram. A variação cambial teve efeito adverso para o resultado líquido da Heringer. Mas, conforme Carlos Dalton Heringer, presidente da empresa, o horizonte é positivo.

"Os preços em real estão mais baixos, o que estimula a demanda, e os estoques de passagem voltaram aos níveis históricos", disse ele. Após alcançarem 6,8 milhões de toneladas na virada de 2008 para 2009 - a demanda total de 2008 somou pouco mais de 22 milhões de toneladas -, os estoques caíram para 3,5 milhões de toneladas na passagem de 2009 para este ano.

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Fonte:
Valor Econômico

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