Resistência à seca: sementes estarão disponíveis em 2015

Publicado em 13/05/2010 07:31
Plantadas, essas sementes resistirão a um período de até 45 dias sem chuvas.
O diretor de assuntos corporativos da Monsanto, Rodrigo Almeida, estimou nesta quarta-feira (12) que os produtores brasileiros terão acesso a variedades de sementes resistentes à seca em 2015. Nos Estados Unidos, essas sementes devem estar disponíveis um pouco antes, em 2014. Plantadas, essas sementes resistirão a um período de até 45 dias sem chuvas. Quando voltar a chover, as plantas voltarão a se desenvolver normalmente, com perdas muito pequenas, de cerca de 30%, calculou..

Durante o debate "O papel da América Latina alimentando o mundo em 2050", Almeida avaliou que a oferta dessas sementes favorece, principalmente, os pequenos agricultores. "Hoje, quando esse produtor enfrenta uma seca, ele não tem muito o que fazer", afirmou. Do ponto de vista ambiental, ele disse que a Monsanto tem tecnologia para fixação de nitrogênio no solo, o que significa redução de custos.

Ele contou que a Monsanto fixou a meta de dobrar a produtividade das lavouras de soja, milho e algodão do mundo todo até 2030. "A meta é muito desafiadora", disse. "Nós não vamos fazer isso com o mesmo recurso. Vamos usar 1/3 menos de água, terra, energia. Ou a gente faz dessa forma ou não fazemos", afirmou ele, lembrando que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) é parceira da Monsanto nesse desafio.

Na mesa-redonda, Almeida disse que o debate sobre tecnologia não pode ser contaminado por aspectos ideológicos. "Por que misturar tecnologia com ideologia?", questionou. Ele disse que o pequeno agricultor é o grande beneficiado pela biotecnologia. "O grande produtor tem recursos. O pequeno não tem dinheiro para comprar máquinas, inseticidas e para contratar agrônomos", completou.

De acordo com ele, no Brasil são 217 mil produtores de milho na safra de verão. Os produtores de soja somam 96 mil e 11 mil agricultores plantam algodão. Almeida acrescentou que o Brasil estava atrasado em termos de biotecnologia, mas lembrou que, desde 2005, está sendo autorizado o uso de novas tecnologia.

Segundo ele, a safra atual de milho é a terceira em que estão sendo usadas sementes geneticamente modificadas. No caso da soja, este é o quinto ano de cultivo geneticamente modificado. De acordo com ele, é o quarto ano do algodão transgênico no Brasil.

Almeida citou o exemplo de agricultores do Rio Grande do Sul, que cultivam milho e fumo. "Eles plantam em regiões de pequenos aclives, onde é difícil aplicar inseticida", afirmou. "A tecnologia mudou a vida dessas pessoas. Elas não têm que se preocupar com as lagartas. Sobrou tempo e elas compraram vacas ou fizeram outras lavouras", completou.

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Fonte:
Midiamaxnews

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