Lula irá à China em maio para mais um encontro com Xi Jinping
Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajará à China no próximo mês, no que será a segunda visita ao país em pouco mais de dois anos e o terceiro encontro com o presidente chinês, Xi Jinping, reforçando a aproximação entre as duas nações em um momemnto de instabilidade no cenário global.
Lula participará, em Pequim, do encontro Celac-China no dia 13 de maio, informou o Palácio do Planalto. A data foi acertada durante a cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) em Honduras, esta semana, e foi alterada para que o presidente brasileiro pudesse participar.
A reunião, marcada inicialmente para junho, foi antecipada depois que Xi convidou Lula para participar. Originalmente, o encontro seria apenas em nível de ministros das Relações Exteriores.
De acordo com uma fonte diplomática brasileira, Lula condicionou sua ida à China a uma data próxima da sua viagem à Rússia, onde participará, em 9 de maio, do Dia da Vitória, a convite do presidente russo, Vladimir Putin. A avaliação é que seria inviável fazer duas viagens longas no mesmo mês e pouco antes da cúpula dos Brics no Rio de Janeiro, em julho.
Além de Lula, participarão do encontro em Pequim a presidente de Honduras, que ocupava a presidência da Celac, e os líderes da Colômbia e do Uruguai, que assumirão a entidade em sequência. Lula terá reuniões privadas com Xi durante a visita a Pequim.
Xi já confirmou também sua presença na cúpula dos Brics, em mais uma oportunidade para os dois presidentes conversarem. O presidente chinês também deverá vir ao Brasil para a cúpula de chefes de Estado da reunião climática global COP30, em novembro, em Belém.
Os diferentes encontros em pouco mais de dois anos de mandato de Lula -- incluindo duas visitas de Estado, uma de cada lado -- mostram o fortalecimento da relação entre Brasil e China desde a posse do brasileiro. Em novembro do ano passado, durante a visita oficial de Xi a Brasília, foram assinados 37 acordos bilaterais, em temas que vão de internet por satélite à educação.
A China é o maior parceiro comercial do Brasil, com quem o país teve um superávit de US$30 bilhões em 2024. Em meio a um cenário geopolítico instável, e com a política comercial norte-americana de distribuir tarifas pelo mundo, a aproximação com os chineses se torna inevitável, segundo a fonte brasileira.
"O caminho natural é buscar alternativas. China é uma delas, assim como os Brics, assim como conseguir fechar o acordo Mercosul-União Europeia", disse.
"Eu chamaria isso de uma política de redução de riscos. Hoje, a relação com os Estados Unidos tem um alto nível de risco, então é uma inclinação natural a busca por alternativas. Nós já temos uma relação próxima com a China, temos muito acontecendo aí", acrescentou.
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