Adubação racional é destaque nas técnicas de manejo de solo

Publicado em 12/12/2024 08:00

A adubação nada mais é que completar a diferença entre a necessidade da cultura e a capacidade do solo de fornecer nutrientes. “Em relação à produção de uma determinada cultura, cerca de 30% da produção que vai ser obtida dessa cultura é em função da disponibilidade do nutriente. Porém, quando se fala em ‘adubação da cultura’, a gente não está adubando a cultura, mas sim adubando o solo, que vai ditar a disponibilidade de nutriente para a cultura”, avalia o extensionista rural do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, Felipe Lorensini. 

Diante disso, a adubação racional das culturas depende de fatores como a característica intrínseca do solo (a mineralogia), o teor de matéria orgânica, capacidade de reter elementos; estado de fertilidade que o solo se apresenta, e se o solo já vem com uma correção química. “Quando eu adiciono fertilizante, há uma maior disponibilidade dos elementos para a cultura. Ou seja, do que eu adiciono, maior quantidade vai ficar disponível para a planta”, explica o extensionista.

Outro fator importante e que merece a devida atenção é a ciclagem nutriente. Felipe ressalta que na resteva de uma cultura entrando em decomposição, os nutrientes são disponibilizados e outra cultura já está absorvendo.

Para Felipe, é fundamental entender a diferença entre teor e quantidade. “Posso ter o mesmo teor de nutriente, porém em duas condições com um volume de solo explorado diferente. Ou seja, eu posso ter até o dobro de nutriente com o mesmo teor. Desde que a raiz aprofunde e explore o maior volume de solo”.  

Mas para conseguir que a planta explore é preciso dar condições, não podendo haver restrições no solo, seja química - por alumínio tóxico, por exemplo - em solos que não são devidamente corrigidos. Nem mesmo, uma limitação física, como um impedimento mecânico, solos que têm compactação em algumas dessas camadas.

Felipe ensina como funciona a absorção do solo. “Então, todo o manejo que a gente faz no solo é para que essa planta explore o maior volume de nutrientes. Consequentemente, ela vai absorver, vai ter acesso a maior quantidade, não só de nutrientes, mas também à água que esse solo consegue armazenar nas suas diferentes camadas quando se fala em adubação racional das culturas”.

Por isso chama-se atenção dos agricultores para a correta amostragem para análise do solo e posterior recomendação por profissional da área. “Não tem como fazer uma análise do que está acontecendo e, muito menos, fazer uma recomendação sem termos uma análise que realmente represente o estado de fertilidade que o solo se encontra”, conclui Felipe. 

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Fonte:
Emater/RS-Ascar

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