Estimativa do setor de rações é de crescimento de cerca de 2,7% até o final de 2024
O Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) divulgou, por meio de entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (4), uma projeção do crescimento do setor para 2027, se baseando nos dados consolidados entre janeiro e setembro deste ano. A entidade prospecta que deva haver um aumento de 2,7% na produção de rações, concentrados e suplementos minerais, chegando a 90 milhões de toneladas de produtos para a alimentação animal.
O Sindicato aponta que, no acumulado de janeiro a setembro deste ano, foram produzidas mais de 64 milhões de toneladas de rações e outros produtos destinados à alimentação animal no país, o que perfaz um aumento de 1,6% em relação ao mesmo período de 2023.
“O ritmo de crescimento durante esse ano vem ganhando tração quando observadas as marcas nos intervalos apurados, ou seja, o retrocesso de 1,1% (2º trimestre de 2024 X 1º trimestre de 2024) foi sucedido pelo robusto avanço de 8,9% (3º trimestre de 2024 X 2º trimestre de 2024). O incremento apurado ao longo dos últimos meses permite inferir que a produção possa alcançar 90 milhões de toneladas de rações, concentrados e suplementos minerais e vislumbrar um crescimento na ordem de 2,7% em 2024”, apontou o Sindirações.
Ariovaldo Zani, CEO do Sindicato, pondera que “a perspectiva no horizonte anual ainda reserva variações, à exemplo do incremento das rações para poedeiras, bovinos de corte e aquacultura, ao contrário da expectativa mais moderada em relação à alimentação industrializada do plantel leiteiro, das aves e dos suínos”.
DE OLHO NOS SEGMENTOS
As projeções do Sindirações apontam para que a produção de rações para frangos de corte chegue a 37,1 milhões de toneladas, o que significa um incremento de 1,8% este ano em relação a 2023. Para as aves poedeiras, a produção estimada de rações é de 7,35 milhões de toneladas, crescimento previsto de 6,5% no ano.
No caso da suinocultura, o aumento na produção de rações deve ser de 1% neste ano de 2024 em comparação com 2024, alcançando as 21 milhões de toneladas.
Em relação aos bovinos de corte, devem ser produzidas até o encerramento de 2024 7,0 milhões de toneladas, com evolução de 7% no comparativo com o ano passado. Para bovinos de leite, o aumento deve ser de 1,5% em 2024, chegando a 6,8 milhões de toneladas de ração produzidas.
INSUMOS
Em relação à disponibilidade de insumos para a produção de rações, Zani destaca que o Brasil tem como pontos fortes “safras suficientes, aumento da adição de biodiesel de soja e melhora nos resultados operacionais dos frigoríficos”. Entretanto, ele faz uma ressalva de que existem desafios conjunturais e estruturais, como as questões climáticas, a exemplo da tragédia ocorrida em maio no Rio Grande do Sul, atraso na compra de fertilizantes e capacidade estática de armazenamento.
“No âmbito externo, várias oportunidades como desvalorização cambial para exportações, ampliação e abertura de novos mercados competem com flagrantes ameaças oriundas da desaceleração do consumo global e chinês, pressão ambiental dos ativistas e retomada de alta no preço dos fretes marítimos”, analisa Zani.
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