Estoques de óleo de palma da Malásia atingem máxima de 8 meses com a desaceleração do consumo

Publicado em 10/10/2024 08:09 e atualizado em 10/10/2024 09:17

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Por Ashley Tang e Rajendra Jadhav

KUALA LUMPUR (Reuters) - Os estoques de óleo de palma da Malásia aumentaram mais do que o esperado em setembro, atingindo o maior nível em oito meses, uma vez que a queda acentuada no consumo local superou o modesto aumento das exportações e a redução da produção, informou o órgão regulador do setor nesta quinta-feira.

O aumento dos estoques na Malásia, que é o segundo maior produtor mundial de óleo de palma, depois da Indonésia, pode limitar os ganhos nos futuros de referência, que já estão oscilando perto de máximas em seis meses.

Os estoques de óleo de palma da Malásia no final de setembro aumentaram 6,93% em relação ao mês anterior, atingindo 2,01 milhões de toneladas, patamar mais alto desde janeiro, informou o Conselho de Óleo de Palma da Malásia (MPOB, na sigla em inglês).

A produção de óleo de palma bruto caiu 3,80% em setembro em relação a agosto, para 1,82 milhão de toneladas, enquanto as exportações de óleo de palma subiram 0,93%, para 1,54 milhão de toneladas, informou.

Uma pesquisa da Reuters havia previsto estoques de 1,95 milhão de toneladas, produção de 1,87 milhão de toneladas e exportações de 1,5 milhão de toneladas. [PALM/POLL]

O mercado ficou surpreso com a redução de 37% no consumo local, que elevou os estoques apesar da queda na produção, disse Anilkumar Bagani, chefe de pesquisa da Sunvin Group, corretora de óleos vegetais com sede em Mumbai.

O óleo de palma, que normalmente é negociado com desconto em relação aos óleos suaves rivais, como o óleo de soja e o óleo de girassol, tem sido negociado com prêmio nas últimas semanas.

O movimento de preço do óleo de palma será determinado pela produção de outubro na Malásia e pela direção dos óleos concorrentes, disse Paramalingam Supramaniam, diretor da corretora Pelindung Bestari, sediada em Selangor.

(Reportagem de Ashley Tang e Rajendra Jadhav)

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS LF

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Fonte:
Reuters

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