Índice CEAGESP variou 6,74% em outubro
O índice de preços CEAGESP encerrou o mês de outubro com variação de 6,74% ante uma variação de 2,72% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o índice havia apresentado variação de 5,37%. Com o resultado obtido, o índice encerrou o período apresentando um acumulado de 11,54% no ano e 13,74% em 12 meses.
O destaque ficou com o setor de Pescados, sendo este o único setor que registrou leve deflação mensal, caracterizando condição de estabilidade nos preços.
Setorização
O setor de FRUTAS variou 6,43% ante uma variação de 5,82% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de 6,63%. Dos 47 itens cotados nesta cesta de produtos, 68,08% apresentaram alta de preço. As principais altas ocorreram nos preços de MORANGO COMUM (+36,79%), MANGA PALMER (+32,07%), ABACATE BREDA (+23,26%), MAMÃO FORMOSA (+22,42%) e GOIABA VERMELHA (+21,17%). As principais reduções ocorreram nos preços de KIWI CHILENO IMPORT. (-17,98%), PERA ROCHA IMPORT. (-11,93%), MAÇÃ GRANNY SMITH IMPORT. (-11,10%), JACA (-9,09%) e ACEROLA (-8,94%).
DESTAQUES: Com o resultado obtido no período, o setor de Frutas encerrou o mês com um acumulado de 18,92% no ano e de 17,73% em 12 meses.
A redução na oferta (6,6%) de manga Palmer no Entreposto Terminal São Paulo - ETSP, comparada ao mesmo período do ano passado, se deu, principalmente, devido ao bom momento das exportações do produto, desdobrando-se, consequentemente, no aumento de preços para o mercado interno. Entretanto, a expectativa para o próximo mês, mantendo-se tudo o mais constante, é de que ocorra redução no preço do produto devido ao início previsto da safra de São Paulo.
Para o mamão Formosa, a entrada da sazonalidade baixa, concomitante ao aumento do consumo devido às ondas de calor ocorridas no período, aumentou a pressão sobre o produto, contribuindo para a elevação dos preços.
O setor de LEGUMES variou 1,48% ante uma variação de -2,48% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de 6,06%. Dos 31 itens cotados nesta cesta de produtos, 54,84% apresentaram alta de preço. As principais altas ocorreram nos preços de VAGEM MACARRÃO (+110,33%), JILÓ (+41,34%), MAXIXE (+30,57%), BERINJELA COMUM (+25,38%) e ABÓBORA JAPONESA (+24,84%). As principais reduções ocorreram nos preços de PIMENTÃO AMARELO (-24,13%), PEPINO CAIPIRA (-22,36%), PIMENTÃO VERMELHO (-19,11%), TOMATE CARMEM (-12,43%) e TOMATE PIZZAD’ORO (-9,05%).
DESTAQUES: Com o resultado obtido no período, o setor de Legumes encerrou o mês com um acumulado de 2,90% no ano e de 3,68% em 12 meses.
Apesar da alta de preços, a variação percentual registrada pelo o setor manteve-se abaixo do esperado para o período. Isso se deu, em grande parte, pela alta no volume de oferta dos tomates pizzad’oro (+36,5%) e Carmem (+19,2%) e pela redução na procura dos pimentões vermelho e amarelo. Outro ponto importante de ser destacado é que, com as temperaturas médias mais elevadas, o processo de amadurecimento desses produtos ocorreu de forma mais rápida. Desta forma, a comercialização precisou acompanhar o ritmo de amadurecimento dos produtos para se evitar prejuízos.
O setor de VERDURAS variou 26,99% ante uma variação de -4,44% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de -3,26%. Dos 39 itens cotados nesta cesta de produtos, 74,36% apresentaram alta de preço. As principais altas ocorreram nos preços de COENTRO (+333,70%), SALSA (+74,89%), ALFACE LISA (+61,47%), ALFACE CRESPA (+59,90%) e ALFACE AMERICANA (+56,43%). As principais reduções ocorreram nos preços de SALSÃO BRANCO/VERDE (-10,74%), ALHO-PORÓ (-6,76%), MANJERICÃO (-3,45%), ORÉGANO (-2,13%) e ALMEIRÃO COMUM (-1,23%).
DESTAQUES: Com o resultado obtido no período, o setor de Verduras encerrou o mês com um acumulado de 26,64% no ano e de 52,42% em 12 meses.
No Cinturão Verde Paulista, principalmente na região de Mogi das Cruzes, a instabilidade nas condições atmosféricas (combinação entre fortes ondas de calor e pancadas de chuvas) provocou grandes perdas na produção de hortaliças folhosas. A mais atingida, sem dúvida, foi a produção de coentro, que registrou uma queda de 23,3% no volume ofertado. Por sua vez, a salsa, apesar de manter a estabilidade no volume ofertado, foi impactada pelo aumento da demanda devido aos preços praticados no coentro.
As alfaces apresentaram um recuo médio de 6,8% no volume ofertado. Para além da redução no volume ofertado, o aumento da demanda devido às altas temperaturas também está entre os fatores que contribuíram para a elevação dos preços.
O setor de DIVERSOS variou 14,18% ante uma variação de -3,44% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de 6,07%. Dos 10 itens cotados nesta cesta de produtos, 70,00% apresentaram alta de preço. As principais altas ocorreram nos preços de CEBOLA NACIONAL (+53,39%), BATATA LAVADA (+31,13%), OVOS BRANCOS (+11,28%), OVOS VERMELHOS (+3,58%) e OVOS DE CODORNA (+1,42%). As principais reduções ocorreram nos preços de COCO SECO (-2,25%), ALHO NACIONAL (-1,96%) e AMENDOIM COM CASCA (-1,68%).
DESTAQUES: Com o resultado obtido no período, o setor de Diversos encerrou o mês com um acumulado de -13,61% no ano e de -8,65% em 12 meses.
A cebola nacional se valorizou fortemente no mercado atacadista devido ao aumento de demanda pelo produto ocorrida no período, pois nem mesmo o aumento na oferta do produto (7,7%) foi capaz de promover um arrefecimento nos preços.
O período em análise se caracterizou pelo fim da safra de batata oriunda da região de Vargem Grande do Sul. Entre setembro e outubro, o volume de entrada do produto desta região registrou queda superior a 70%. Como se trata de uma região de importância significativa para o fornecimento de batata no período, o fim da safra na região contribuiu para a alta de preço do produto. No dia 18/10/2023, por exemplo, a batata chegou a registrar preço máximo de R$ 4,00/kg no mercado atacadista.
As fortes ondas de calor provocaram, segundo informações obtidas junto ao mercado, diminuição do plantel de galinhas poedeiras que, somado à demanda aquecida, resultou, no ETSP, em aumento de preços dos ovos bancos e vermelhos.
O setor de PESCADOS variou -0,11% ante uma variação de 4,30% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de 2,14%. Dos 28 itens cotados nesta cesta de produtos, 28,57% apresentaram reduções de preço. As principais reduções ocorreram nos preços de BAGRE ÁGUA SALGADA (-13,46%), ESPADA (-9,95%), CAMARÃO CATIVEIRO (-6,15%), CORVINA ÁGUA SALGADA (-4,43%) e SALMÃO IMPORTADO (-4,42%). As principais altas ocorreram nos preços de SARDINHA LAGES (+49,59%), ANCHOVAS (+30,06%), CAÇÃO AZUL (+25,93%), CURIMBA (+22,99%) e ABRÓTEA (+19,66%).
DESTAQUES: Com o resultado obtido no período, o setor de Pescados encerrou o mês com um acumulado de -5,02% no ano e de 3,25% em 12 meses.
De uma maneira geral, a estabilidade nos preços percebida no setor de Pescados reflete muito a estabilidade que o setor apresentou no volume ofertado de produtos. No comparativo mensal, o setor registrou uma variação de -0,5% no volume ofertado.
Dentre os produtos que apresentaram reduções de preço, os que apresentaram maiores variações no volume ofertado foram o camarão de cativeiro e o salmão importado (dois produtos de grande relevância estatística para a composição do Índice CEAGESP no setor de Pescados). Nos comparativos mensal e anual, o camarão cativeiro se destacou pela alta mensal de 27,2% e o salmão importado pela alta anual de 65,8%. A alta no volume ofertado de ambos os produtos contribuiu para a redução de preço verificada no período.
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