Mel, frutas e pescados brasileiros conquistam mercados internacionais
Vender itens agropecuários para outros países pode ser mais simples do que se imagina. Entretanto, antes de exportar é preciso considerar as potencialidades e, principalmente, as oportunidades de consumo no mercado a ser conquistado. Esse é o tema da editoria #MercadoAgropecuário desta segunda-feira (24).
Do déficit de abastecimento em alguns países pode nascer a oportunidade de exportação de produtos brasileiros. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, no Paraguai, por exemplo, a produção local de mel gira em torno de 1 mil toneladas ao ano, enquanto a demanda pelo item é de 3 mil toneladas. O mercado interno não consegue atender a demanda de 2 mil toneladas.
A tendência de aumento na procura pelo produto é de alta, já que a procura pelo produto no Paraguai cresceu nos últimos três anos, especialmente em função da inclusão do produto na tabela nutricional de escolas e outros segmentos. “Por se tratar de um país do Mercosul, a comercialização de produtos é facilitada. Já que não possui incidência do imposto de importação se o produto comprovar origem brasileira, a partir da emissão do documento certificado de origem, desta forma, o produto chega mais competitivo nos vizinhos”, explica a consultora do programa Agro.BR, do Senar/MS, Nathália Alves.
Outras cadeias produtivas também sinalizam potenciais para as vendas externas. Em fevereiro deste ano foram exportados cerca de U$ 57,2 milhões em frutas, um dos destaques é o limão, que tem potencial elevado de vendas para o Canadá e Espanha, por exemplo. “O Canadá não tem produção desta fruta, o que abre caminho para que o Brasil exporte as variedades de taiti e siciliano. Somos o segundo maior fornecedor de limões para a Espanha, atrás somente da Argentina”, explica.
De acordo com a Peixe BR, no primeiro trimestre de 2021, o setor de pescados brasileiro registrou alta de 2% nas vendas para o exterior, comparado ao mesmo período do ano anterior. A tilápia foi a principal espécie comercializada com U$ 2,6 milhões. “Mato Grosso do Sul é o maior exportador deste produto e os Estados Unidos o principal cliente. Em 2020 a venda de filés congelados avançou consideravelmente também. Até então vendíamos predominantemente os peixes frescos ou refrigerados”, acrescenta.
Agro.BR
De acordo com orientações do programa de internacionalização dos produtos brasileiros, idealizado entre a CNA e a Apex-Brasil, o primeiro passo para exportar é analisar o mercado alvo. A empresa precisa fazer um planejamento e estar preparada para atender os critérios de cada país. “É importante verificar se o futuro mercado está aberto para a entrada do produto brasileiro em questão, checar os documentos e certificações obrigatórias para a importação, detalhes da embalagem, preços praticados, definir o melhor canal de entrada e o perfil do comprador, além de verificar também as exigências a serem cumpridas do lado brasileiro”, explica.
Os interessados em ampliar as possibilidades e vender seus produtos para o mundo podem acessar o link e obter mais informações de como participar do programa.
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