Agropalma se torna a primeira do mundo em óleo de palma
Uma inovação adotada pela Agropalma - maior produtora de óleo de palma da América Latina - tem provocado mudanças profundas no modelo de trabalho, até hoje empregado, no processo agroindustrial da palma, que passa agora a colher, transportar e processar o óleo de palma em três turnos. Antes, as atividades de colheita estavam limitadas a um turno apenas, de oito horas diárias. A mudança se deve à implantação do programa Agricultura 4.0, desde o plantio de mudas até a extração do óleo, que permitirá a rastreabilidade de toda a cadeia produtiva, incluindo pequenos produtores e os advindos da agricultura familiar, que hoje somam 30% à produção da empresa.
Adriano Bastos, gerente de Pesquisa & Desenvolvimento agrícola da Agropalma, conta que a mudança é fruto da observação de outras produções agrícolas pelo mundo. “Saímos em busca de soluções e como não havia nada equivalente na cultura da palma, identificamos alternativas presentes em outras áreas que pudessem ser adaptadas. A novidade é uma conjunção de ideias que pudemos observar no Brasil, na Nova Zelândia, nos Estados Unidos e na Alemanha”, revela.
Segundo Bastos, o Programa abrange cinco projetos: implementação do carreamento de frutos em três turnos; implementação do Centro de Operações Integradas (COI); monitoramento da produção; automatização do Planejamento Agroindustrial; e agricultura de precisão. O programa prevê ainda a integração de vários projetos. “Se observamos uma necessidade específica, analisamos e buscamos uma solução que possa ser agregada para a melhora contínua do processo,” sinaliza Bastos.
O avanço tecnológico permitirá um ganho estratégico e a determinação de forma planejada em todas as áreas diretas de operação. “No COI por exemplo, teremos um vídeo wall de 100 polegadas. Por meio dele, conseguimos acompanhar as frentes de colheita, tratores, caminhões, ônibus, indústrias, balança, etc. e corrigir erros de trajeto, monitorar perdas e integrar áreas para resoluções imediatas de desvio. Com isso, distribuímos melhor a produção para processar o fruto sem interrupções, 24 horas por dia,” afirma o gerente de P&D.
Só de janeiro a novembro do ano passado, o carreamento de frutos em três turnos, aliados à rastreabilidade do processo e suas correções, permitiram à Agropalma uma economia de 68 mil litros de diesel e a diminuição em 30% do uso de tratores e implementos envolvidos na colheita dos frutos para a planta industrial. Para a Agropalma, esse é um importe passo, visto que é uma empresa com processos sustentáveis e que presa pela preservação do meio ambiente.
O aprimoramento logístico representará também melhorias na qualidade do óleo de palma extraído, uma vez que agora é possível executar a colheita, o transporte e o processamento no momento ideal de maturação ótima do fruto para produção do óleo.
O ciclo de colheita da palma se dá a cada intervalo de 12 a 15 dias. Com a produção ininterrupta e sem obstáculos no trajeto para a colheita são evitadas perdas em razão da falta ou excesso de maturidade dos frutos. Segundo Bastos, o resultado poderá representar um produto com qualidade superior e agregação de valor ao processo.
Alinhada ao conceito de Indústria 4.0, a conexão entre máquinas, sistemas e pessoas na Agropalma se dará também em processos como os de contagem de plantas, identificação de doenças e anomalias, uso de drones, inteligência artificial para a previsão do plantio e da produção, Blockchain, distribuição de adubos e aplicação de químicos de forma localizada, entre outras várias tecnologias.
A inovação já despertou o interesse da Indonésia, país que disputa com a Malásia o primeiro lugar na produção de óleo de palma do mundo.
A inauguração oficial do COI será no próximo dia 14 de março, em Tailândia, no Pará, e será o grande ponta pé neste avanço tecnológico para reduzir custos, maximizar resultados com qualidade e sustentabilidade.
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