Valor da agropecuária do país deve crescer 0,7% em 2019, com ajuda do milho e algodão (REUTERS)

Publicado em 16/04/2019 15:29

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SÃO PAULO (Reuters) - O valor da produção agropecuária brasileira deve alcançar 588,8 bilhões de reais neste ano, acima dos 572,9 bilhões previstos em março e dos 584,3 bilhões em 2018, projetou nesta terça-feira o Ministério da Agricultura, citando preços mais altos para boa parte das culturas.

Conforme a pasta, os dados mostram que milho, algodão, laranja, feijão e batata-inglesa tendem a apresentar as maiores taxas de crescimento real no valor.

Além disso, tudo indica que a produção de milho deverá crescer de forma expressiva ante a do ano passado, afetada por problemas climáticos.

Com a segunda safra tendo bom desenvolvimento, o país deve colher neste ano um total de 94 milhões de toneladas de milho, forte recuperação ante os cerca de 80 milhões do ciclo anterior, marcado por adversidades climáticas, segundo estimativas da Conab.

Ao mesmo tempo, a produção de algodão deverá atingir históricos 2,65 milhões de toneladas da pluma. A cultura, segundo o Ministério da Agricultura, deve alcançar o valor mais elevado da série, com 40,3 bilhões de reais.

"Este valor supera em duas vezes o da produção do café, que pelo terceiro ano consecutivo tem redução", destacou José Gasques, coordenador geral de Estudos e Análises da Secretaria de Política Agrícolas do ministério.

Com efeito, o café, em meio a preços internacionais enfraquecidos, deve ser uma das cultura com maior queda em valor em 2019, de 19,6 por cento. A soja, cuja safra neste ano será menor, deve apresentar retração de 12 por cento.

Em paralelo, também são esperados recuos para arroz (-8,4 por cento), cana-de-açúcar (-6,3 por cento) e mandioca (-4,2 por cento), enquanto na pecuária, suínos, leite e ovos também têm apresentado redução de valor em relação a 2018.

O valor bruto da produção das lavouras deve ser de 392,4 bilhões de reais em 2019 e o da pecuária, de 196,4 bilhões, concluiu o Ministério da Agricultura em nota.

(Por José Roberto Gomes; Edição de Roberto Samora)

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Fonte:
Reuters

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