Manejo pré-plantio e integrado: soluções contra o capim-amargoso
Estratégias de controle, aliadas a outras boas práticas agrícolas, ajudam a evitar problemas com plantas daninhas resistentes que podem comprometer o cultivo.
O produtor que faz o plantio da soja tem neste período uma tarefa essencial: fazer o manejo pré-plantio, de forma eficiente, para o controle de plantas daninhas. É antes da emergência da cultura que esta ação preventiva ajuda a evitar perdas em produtividade, que podem chegar a até 70% da lavoura, segundo dados da Embrapa Soja.
O uso combinado de herbicidas com mecanismos de ação diferentes, aplicações em momentos distintos e de forma sequencial ou rotacionada, oferece maiores chances de sucesso no controle do capim-amargoso (Digitaria insularis).
O essencial é diversificar estes produtos dentro de um programa de aplicações. “Usar apenas o glifosato para controlar o amargoso não é o ideal. A repetição dessa prática de controle selecionou populações resistentes que, uma vez presentes na lavoura, causam a matocompetição, um problema na certa para o agricultor”, explica Eduardo Ozorio, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos da área de Herbicidas da Syngenta.
Raio-X do amargoso
O capim-amargoso é adaptável a climas e solos variados e se desenvolve com facilidade na maioria das regiões do Brasil, principalmente no cerrado brasileiro. A planta daninha pode alcançar até 1,5m de altura e o prejuízo varia de acordo com a densidade desta erva na lavoura. “Pelo que temos observado no campo, o amargoso deve se tornar o principal problema do produtor nos próximos anos quando falamos de plantas daninhas”, diz Eduardo Ozorio.
O amargoso é uma planta perene que, uma vez estabelecida com a formação de rizomas e touceiras, apresenta uma grande dificuldade de controle. Ele compete diretamente com a cultura por luz, água e nutrientes do solo. Ele se espalha com rapidez pelo vento e também pode ser transportado no maquinário. Além disso, a reprodução por sementes facilita a proliferação. Cada planta pode ter até 50 mil sementes, segundo a Embrapa.
Por ser de origem tropical, o capim-amargoso se adapta ao clima da maioria das regiões produtoras do país e nasce praticamente o ano inteiro. Ele está presente principalmente nas lavouras de milho, soja e algodão.
Lavoura Limpa
Para enfrentar problemas como o aumento de plantas resistentes ao glifosato e promover o manejo correto de plantas daninhas, como o capim-amargoso, a Syngenta dispõe de uma combinação de soluções que contribuem para o aumento da produtividade.
Elas integram o Programa Lavoura Limpa, que reúne a eficiência tecnológica de herbicidas em um programa de manejo e monitoramento das plantas infestantes. O grande diferencial do programa é justamente o controle em diferentes momentos e usando herbicidas com modos de ação distintos, incluindo pós e pré-emergentes, resultando em um controle eficaz e que também impede a competição inicial da lavoura com a planta daninha.
No Lavoura Limpa, a orientação para o controle do capim-amargoso é fazer o manejo antecipado, em um período que varia de 10 a 15 antes do plantio da soja, com o uso combinado de Viance (cletodim) e Zapp QI (glifosato), pós-emergentes com ação sistêmica. Posteriormente é necessário realizar uma aplicação sequencial, no pré-plantio, 0 a 3 dias antes da semeadura da cultura, combinando produtos de contato e de pré-emergência, explica Eduardo Ozorio.
Neste caso a Syngenta orienta o uso do Gramocil, que é um produto de contato, com ação em pós-emergência, e do Dual Gold, que atua na pré-emergência e que complementa essa aplicação, sendo eficiente no controle das plantas daninhas que poderiam emergir junto com a cultura. “O Dual Gold pode ser aplicado em diversas culturas além da soja, como milho, algodão, cana-de-açúcar e feijão, entre outras. Ele é altamente seletivo e possui um efeito residual de longo prazo”, lembra Eduardo.
Para quem já fez o plantio e enfrenta problemas com o amargoso dentro da soja, a orientação é entrar diretamente com a aplicação de Viance (cletodim) e Zapp QI (glifosato). “O produtor deve sempre seguir o calendário, respeitando os diferentes momentos e modos de ação de cada produto e fazendo esse manejo de forma integrada, para que todos se complementem e tenham ações eficientes”, diz Eduardo Ozorio.
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