Tereza Cristina diz considerar "difícil" mudança da Funai para Agricultura
BRASÍLIA (Reuters) - A futura ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou nesta quinta-feira que considera difícil a Fundação Nacional do Índio (Funai) ser deslocada para a pasta que vai comandar e que o órgão deve permanecer mesmo no Ministério da Justiça, embora tenha ressalvado que ainda não há decisão sobre o assunto.
“Para a Agricultura é difícil. Acho que vai ficar tudo igual, mas ainda não está decidido... Houve uma discussão do assunto, mas não batemos o martelo. Ficamos de conversar mais tarde”, disse ela, que participou de reunião comandada pelo presidente eleito Jair Bolsonaro com ministros indicados.
Mais cedo, um grupo de indígenas foi ao gabinete de transição para protestar pela permanência da fundação no Ministério da Justiça.
Em meio à indefinição sobre a estrutura do novo governo, Bolsonaro afirmou na véspera que a Funai vai para “algum lugar”. O presidente eleito disse que o futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, está sobrecarregado com a reestruturação da pasta, mas não quis cravar que a Funai não ficará mesmo no ministério.
Na segunda-feira, o futuro titular da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, havia afirmado que a Funai poderia ser incorporada ao Ministério da Agricultura, o que foi alvo de críticas.
O futuro ministro da Cidadania, Osmar Terra, disse nesta quinta-feira que estava sendo avaliada a possibilidade de a Funai ir para a sua pasta ou para o Ministério de Direitos Humanos.
"A Funai tem um papel muito específico, muito importante, e o Conselho dos Povos está na área de direitos humanos, então acho que é possível que ela fique lá ou fique em Direitos Humanos, temos que avaliar”, disse.
"Tem que ter afinidade... onde está a representação da sociedade civil, onde está o cuidado com a preservação das etnias, que estão lá no Ministério dos Direitos Humanos, mas isso é uma decisão que o presidente vai tomar", disse Terra.
Questionado se a melhor opção para a Funai seria o Ministério dos Direitos Humanos, Terra disse seria uma boa solução, mas ressaltou que o importante é que a fundação receba a relevância que merece.
"Não estou dizendo que tem que ser lá (Ministério dos Direitos Humanos). Eu acho que pode ser bom. Eu acho que tem vários lugares que ela pode ficar, até na Secretaria de Governo", disse. "De qualquer maneira tem que ser um ministério que dê relevância ao tema. O meu já está com muita coisa relevante."
(Reportagem de Ricardo Brito, Lisandra Paraguassu e Mateus Maia)
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