Capacidade de estoque de grãos do país é de 168 milhões de toneladas
A capacidade total de estoque de produtos agrícolas do país fechou o primeiro semestre em 168 milhões, mostrando estabilidade em relação ao trimestre imediatamente anterior, mas o volume estocado de janeiro e junho deste ano ficou em 58,7.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (9/11), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e indicam que a soja representou o maior volume estocado (34,9 milhões de toneladas), seguida pelos estoques de milho (13 milhões), arroz (4,9 milhões), trigo (2,4 milhões) e o café (898,4 mil).
Já o número de estabelecimentos ativos existentes no primeiro semestre do ano caiu 0,1%. Neste primeiro semestre, o total de estabelecimentos era de 7.821, contra 7.829 existentes no segundo semestre de 2016.
A Região Nordeste foi a única que teve acréscimo no número de estabelecimentos ativos, registrando alta de 6,5% em relação ao último
trimestre de 2016, enquanto a Região Norte teve o maior recuo (4,1%), entre um período e outro.
A Pesquisa de Estoque 2017 do IBGE indica, também, a predominância dos silos na rede armazenadora do país, com capacidade para guardar no primeiro semestre do ano 79,2 milhões de toneladas, um crescimento de 2,5% em relação ao segundo semestre do ano passado; seguido dos graneleiros e granelizados que fecharam o semestre com capacidade útil de armazenamento de 63 milhões de toneladas – neste caso anotando queda de 1,9% sobre os últimos seis meses do ano passado.
Produtos têm alta no estoque
Cinco principais produtos apresentam alta no estoque, com destaque para a soja cujo número representou o maior volume (34,9 milhões de toneladas); seguido pelo estoque de milho (13 milhões); arroz (4,9 milhões); trigo (2,4 milhões); e café (898,4 mil toneladas). Juntos, estes produtos representam 95,5% da massa de grãos estocada entre os produtos monitorados pela pesquisa.
O IBGE informou, que em junho, a safra de soja se encontrava praticamente colhida em sua totalidade, com a produção recorde estimada em 115,1 milhões de toneladas, um acréscimo de 19,5% em relação ao ano anterior. Segundo o instituto, “a produção foi favorecida pelas ótimas condições climáticas desde o plantio até a colheita”.
O levantamento indicou ainda que o milho colhido até 30 de junho havia alcançado 97,7 milhões de toneladas, valor 53,5% maior do que o registrado no mesmo período de 2016, enquanto os estoques apresentavam 13 milhões de toneladas.
Para Adriana Mendes, gerente da pesquisa, "as boas condições climáticas favoreceram a obtenção de safras elevadas de grãos não só de milho como também de soja". A alta nos estoques também é explicada, segundo ela, pela lógica de produção do mercado. "De maneira geral, parte das safras é comercializada de modo antecipado para financiar a aquisição de insumos e o processo produtivo".
Com um crescimento de 55,2% em relação ao último trimestre do ano passado, os estoques de trigo totalizaram nos primeiros seis meses deste ano 2,4 milhões de toneladas. O aumento na quantidade de trigo armazenado entre os dois semestres, segundo o IBGE, é decorrência do volume da produção de 6,8 milhões de toneladas relativas à safra anterior, aliada ao aumento de 11,9% nas importações no primeiro semestre deste ano e à redução no ritmo de processamento dos moinhos.
A excelente safra deste ano, batendo todos os recordes de produção de cereais, leguminosas e oleaginosas, como demonstram as previsões do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do IBGE – também determinou um crescimento de 29,4% nos estoques de arroz em casca, em comparação com a data de referência de 2016. Em junho, a safra de 2017 já se encontrava colhida e as estimativas apontavam para um aumento de 16,2% na produção.
Também os números relativos ao café estocado foram favoráveis e indicam que a quantidade aumentou em 7,3% em comparação com a último semestre do ano passado. Em 30 de junho de 2017, estavam armazenadas 898,4 mil toneladas.
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