Cepea passa a divulgar preços do quilo de cordeiro de sete estados brasileiros
Ovinos é a mais nova cadeia produtiva a ser divulgada pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Os primeiros levantamentos deste mercado já vêm sendo realizados desde setembro de 2015, mas a divulgação de preços passa a ser feita no site do Cepea (www.cepea.esalq.usp.br) a partir deste mês.
Mensalmente, o Cepea levanta preços do quilograma do cordeiro vivo (com dentição de leite), junto a produtores de corte e de reprodução (cabanhas) e frigoríficos. Os dados são coletados em sete estados brasileiros: Bahia, Ceará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Assim como os outros Indicadores de preços, os valores de ovinos levantados pelo Cepea passam por tratamento estatístico, por meio do desvio-padrão, que tem como objetivo estipular limites mínimo e máximo de erro – ou seja, informações de negócios efetivos que estiverem fora do intervalo de dois desvios-padrão da média são excluídas. Após esse procedimento, valores médios simples do quilo vivo da carne de cordeiro são calculados para cada estado acompanhado pelo Cepea.
MERCADO BRASILEIRO – A cadeia de ovinos ainda é pouco estudada no País. Voltada à produção de carne e de lã, concentra-se no Nordeste e Sul brasileiros, embora esta última região tenha perdido representatividade. Em 2015, o IBGE apontava o rebanho nacional de aproximadamente 18,4 milhões de cabeças de ovinos.
O consumo de carne de ovinos tem aumentado, acompanhando o poder aquisitivo dos brasileiros. A demanda vem crescendo principalmente nos grandes centros da região Sudeste. Embora ainda não tenha se tornado um hábito nas refeições das famílias brasileiras, o produto está ganhando espaço em restaurantes e churrascarias. A produção brasileira de ovinos, no entanto, ainda não abastece o mercado doméstico com eficiência e qualidade. Um dos maiores problemas está relacionado à falta de regularidade da oferta, o que dificulta, por exemplo, a formação de escalas de abate. Em 2016, o Brasil importou aproximadamente cinco mil toneladas da carne de ovinos somente do Uruguai, segundo dados da Secex.
MUNDO – O maior rebanho efetivo de ovinos concentra-se na China, segundo a FAO/ONU. O Brasil ocupa a 18ª posição nesse ranking. O comércio mundial de carne de ovinos tem pequena participação sobre a produção global – grande parte do rebanho ainda é destinada ao consumo interno de cada país. Entre os maiores exportadores de carne ovina estão a Austrália e a Nova Zelândia. A China é a maior importadora.
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