Trabalhadores agrícolas ameaçam realizar novos protestos salariais na Argentina
Por Maximilian Heath
BUENOS AIRES (Reuters) - Trabalhadores da indústria agrícola de Rosário, um dos maiores centros exportadores de alimentos do mundo, alertaram nesta quarta-feira que podeam realizar novos protestos antes do fim do ano para pedir aumento de salário, desvalorizado pela alta inflação da Argentina.
Depois de acertarem um aumento de cerca de 40 por cento em maio, a Confederação Geral do Trabalho (SGT) de San Lorenzo disse que buscará um novo reajuste salarial para compensar a perda do poder aquisitivo.
A Argentina sofre com uma alta inflação, que analistas calculam em quase 40 por cento para 2016. O governo do presidente Mauricio Macri propôs ao setor privado um bônus de 2.000 pesos (cerca de 420 reais) em dezembro para aliviar os efeitos inflacionários.
O bônus foi rechaçado por um líder da CGT, que disse que a central não descarta realizar protestos que poderiam afetar a atividade na região de onde sai 80 por cento das exportações agrícolas do país.
"Não queremos falar de bônus, nós estamos falando de uma reabertura das negociações salariais”, afirmou à Reuters Edgardo Quiroga, da CGT.
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