Pragas ameaçam plantações no Espírito Santo
Assim como a população dos centros urbanos enfrenta o aumento do número de insetos, como mosquitos e baratas, os produtores rurais do Espírito Santo também estão tendo de combater as pragas para não ter prejuízos na produção agrícola.
Entre os vilões está a mosca branca, inseto transmissor do vírus conhecido como 'amarelão do tomateiro', assim chamado por causa da cor que deixa as folhas da planta que produz o tomate (que corresponde a 4,3% da produção agrícola do estado).
O pesquisador do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) Hélcio Costa fez uma descoberta recente e constatou que o vírus também estava se desenvolvendo nas plantações de jiló.
O chefe de pesquisa do Instituto, José Aires Ventura, explicou que a doença ainda confunde os agricultores. “Ao ver as folhas amareladas, muitos produtores acreditam ser falta de nutrientes e tendem a gastar mais dinheiro com agrotóxicos e adubos para recuperar a planta, o que não surte o efeito esperado”, contou.
Além da mudança na coloração das folhas, os principais sintomas são a queda da produtividade da planta e a má-formação dos frutos, que demoram mais para crescer e perdem o sabor.
Apesar disso, não há risco de contaminação em humanos, já que mesmo os tomates e jilós que vêm de plantas infectadas não apresentam nenhum problema para as pessoas.
José Aires ressaltou que as condições climáticas, com temperaturas mais quentes, e a falta de água são fatores que fazem aumentar a incidência das contaminações no campo.
“A monocultura também contribui para o aumento da população da mosca branca, já que oferece mais recursos para ela crescer. Para combater, é preciso usar sempre mudas sadias de áreas distantes do foco das doenças”, revelou.
Outras ameaças
Além da mosca branca, outra praga que incomoda os produtores rurais é o afídeo. É ele o transmissor da meleira e do mosaico, doenças que atingem a produção de mamão.
Quando os vírus se instalam no vegetal, não há outro método de tratamento a não ser a erradicação das mudas contaminadas. Os sintomas mais comuns são o aparecimento de anéis nos frutos e os mosaicos nas folhas de mamão.
Leia a notícia na íntegra no site G1 - ES.
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