Onda de calor na Itália custa ao menos US$215 milhões a agricultores , diz entidade
ROMA (Reuters) - Uma onda de calor na Itália já custou ao setor agrícola pelo menos 200 milhões de euros (215 milhões dólares) em prejuízos com a seca nas plantações, o sofrimento do gado e a escalada geral dos preços, disse uma associação de agricultores italianos nesta terça-feira.
A temperatura mínima média na Itália este mês está 3,7 graus Celsius acima do normal. Como a onda de calor deve permanecer pelo menos até o fim de semana, os meteorologistas dizem que este poderá ser o mês de julho mais quente em mais de 60 anos.
"As temperaturas recordes de julho... estão literalmente queimando as frutas e legumes", disse o grupo de agricultores Coldiretti em comunicado.
A associação afirmou que os animais também sofrem, a produção de leite caiu entre 10 e 15 por cento -100 milhões de litros ao longo do mês- e houve uma queda de 10 por cento nos ovos das galinhas em relação à média normal.
Os custos dos agricultores, por sua vez, subiram por causa da necessidade de mais irrigação de culturas e ar-condicionado e ventilação para manter a temperatura dos animais.
"Há também alarme sobre o nível da água no rio Pó, do qual depende para irrigação boa parte dos produtos 'Made in Italy'", disse o Coldiretti.
(Reportagem de Crispian Balmer)
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