China: ações tocam na máxima dos últimos 7 anos, bolsas asiáticas sobem forte
SYDNEY (Reuters) - As ações chinesas se esforçaram para sustentar outra máxima de sete anos nesta terça-feira um dia antes de o país publicar atualizações sobre o crescimento econômico, enquanto boa parte das bolsas asiáticas tomou fôlego após fortes ganhos.
O banco central chinês continuou a afrouxar lentamente sua política monetária, guiando as taxas do mercado monetário de curto prazo para baixo pela quinta vez desde o Ano Novo Lunar em fevereiro.
O gigante asiático divulgará os números do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre na quarta-feira, e há riscos de que eles podem decepcionar após notícias ruins sobre comércio nesta semana.
A cautela se estabeleceu após um salto no começo da sessão e as ações em Xangai fecharam com alta de 0,3 por cento, tendo subido quase ininterruptamente por mais de cinco semanas até agora. A bolsa em Hong Kong, que tocou uma máxima de sete anos na segunda-feira e avançou 12 por cento nas últimas cinco sessões, teve queda de 1,6 por cento.
Às 7h36 (horário de Brasília), o índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão recuava 0,54 por cento para 510 pontos, se afastando da máxima de setembro de 516. A superação dessa máxima levaria o índice para terreno visto pela última vez no começo de 2008.
Primeiro-ministro chinês diz que pressão sobre economia ainda está crescendo
PEQUIM (Reuters) - A pressão sobre a economia chinesa está aumentando e o país deve se preparar para enfrentar dificuldades econômicas maiores, disse nesta terça-feira o primeiro-ministro, Li Keqiang, segundo a rádio estatal chinesa.
Os comentários vêm um dia antes da publicação dos números do Produto Interno Bruto (PIB). Os dados sobre crescimento provavelmente mostrarão que a economia cresceu 7 por cento nos três primeiros meses do ano ante o mesmo período de 2014, segundo pesquisa da Reuters.
Vendas no varejo dos EUA se recuperam e têm maior alta em um ano
WASHINGTON (Reuters) - As vendas no varejo dos Estados Unidos cresceram em março pela primeira vez desde o final do ano passado, com consumidores comprando automóveis e outros produtos, fortalecendo perspectivas de que a forte desaceleração no crescimento econômico no primeiro trimestre foi temporária.
O Departamento do Comércio informou nesta terça-feira que as vendas no varejo cresceram 0,9 por cento. Este foi o maior ganho desde março do ano passado e interrompeu três meses seguidos de quedas que tinham sido atribuídas ao inverno rigoroso.
As vendas em fevereiro foram revisadas para mostrar uma baixa de 0,5 por cento ante recuo de 0,6 por cento divulgado anteriormente.
O forte relatório pode manter o Federal Reserve, banco central do país, na direção de começar a elevar a taxa de juros mais tarde neste ano.
Economistas consultados pela Reuters tinham projetado que as vendas no varejo teriam uma alta de 1 por cento no mês passado.
As vendas no varejo excluindo automóveis, gasolina, materiais de construção e serviços alimentares cresceram 0,3 por cento após uma queda de 0,2 por cento em fevereiro em números revisados.
O chamado núcleo de vendas no varejo, que corresponde de modo mais próximo ao componente de gastos dos consumidores do Produto Interno Bruto (PIB), havia sido inicialmente reportado como estável em fevereiro.
Economistas esperavam que o núcleo de vendas no varejo avançasse 0,5 por cento em março.
Lucro do JPMorgan sobe com retomada de operações com renda fixa
(Reuters) - O JPMorgan Chase & Co, maior banco norte-americano em ativos, divulgou uma alta melhor que a esperada de seu lucro trimestral nesta terça-feira, diante da recuperação das receitas de operações com renda fixa.
As operações com renda fixa aceleraram no começo do trimestre depois que o banco central da Suíça chocou os mercados cambiais ao descartar um limite que existia há três anos sobre o franco suíço sem aviso prévio, fazendo a moeda disparar ante o euro.
A receita com operações de renda fixa, moedas e commodities cresceu 5 por cento, para 4,07 bilhões de dólares, ajustada pela venda de negócios no ano passado, incluindo uma operação de commodities físicas.
O banco de investimento do JPMorgan, que inclui operações com renda fixa, moedas e commodities, é o maior do mundo em receita segundo a empresa de pesquisa Coalition.
No entanto, a unidade tem sofrido pressão para cortar custos, pois consumidores reduziram as operações desde a crise financeira e reguladores têm exigido que bancos grandes assumam menos riscos, detenham mais capital e aprimorem controles.
O JPMorgan foi o primeiro dos grandes bancos norte-americanos a divulgar resultados trimestrais. No geral, os resultados devem mostrar que o lucro com operações, as taxas de subscrição de dívidas e os volumes de refinanciamento de hipotecas foram fortes, mesmo com a taxa de juros baixa impactando a lucratividade de empréstimos.
O lucro líquido do banco subiu para 5,91 bilhões de dólares, ou 1,45 dólar por ação, no primeiro trimestre encerrado em 31 de março, de 5,27 bilhões de dólares, ou 1,28 dólar por ação, um ano antes.
Os resultados do trimestre incluem despesas após impostos de 487 milhões de dólares por custos legais.
A expectativa média de analistas era de lucro de 1,40 dólar por ação, de acordo com a Thomson Reuters I/B/E/S.
FMI passa a ver contração de 1,0% do PIB do Brasil em 2015, com mais inflação
(Reuters) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) passou a projetar contração da atividade brasileira neste ano, na maior revisão da projeção para um país entre as principais economias do mundo, ao mesmo tempo em que elevou com força a perspectiva para a inflação para bem acima da meta do governo.
No relatório "Perspectiva Econômica Global" divulgado nesta terça-feira, o FMI estima agora que o Produto Interno Bruto (PIB) do país irá contrair 1,0 por cento em 2015, contra projeção anterior de expansão de 0,3 por cento feita em janeiro.
A perspectiva para 2016 também foi reduzida, em 0,5 ponto percentual, para um crescimento de 1,0 por cento.
"A confiança do setor privado tem permanecido teimosamente fraca, mesmo depois de a incerteza relacionada às eleições ter se dissipado, refletindo o risco de racionamento de eletricidade e água no curto prazo, desafios de competitividade ainda sem solução e os efeitos da investigação da Petrobras", destacou o FMI em nota.
Os novos números são divulgados após a economia brasileira ter conseguido em 2014 o crescimento mínimo de 0,1 por cento, registrando o pior desempenho para os investimento em 15 anos[nL2N0WT10B]
O FMI destaca que as autoridades brasileiras renovaram o compromisso para controlar o déficit fiscal e reduzir a inflação e que isso vai ajudar a restaurar a confiança na estrutura de política macroeconômica do Brasil. Mas alerta que isso "vai conter ainda mais a demanda de curto prazo".
As projeções do organismo internacional estão em linha com as de economistas consultados na pesquisa Focus do Banco Central --eles veem contração do PIB de 1,01 por cento em 2015 e expansão de 1,0 por cento em 2016.[nEMNF4A0S2]
O FMI deixou inalteradas as projeções para as economias emergentes e em desenvolvimento, estimando expansão de 4,3 por cento em 2015 e de 4,7 por cento em 2016.
O Brasil, entretanto, está muito atrás de seus companheiros de Brics Índia e China, países para os quais o FMI prevê expansão de 7,5 por cento e 6,8 por cento respectivamente este ano.
INFLAÇÃO
O FMI também piorou com força sua visão para a alta dos preços ao consumidor em 2015, projetando a inflação em 7,8 por cento, contra 5,9 por cento no relatório anterior, bem acima do teto da meta do governo --de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos.
Para 2016 a estimativa do organismo é de inflação de 5,9 por cento.
O FMI passou a ver uma taxa de desemprego de 5,9 por cento este ano, contra 6,1 por cento antes, e de 6,3 por cento em 2016.
O FMI projetou ainda que o déficit em conta corrente do Brasil ficará em 3,7 por cento do PIB neste ano, contra 3,6 por cento estimados anteriormente, e em 3,4 por cento em 2016.
Veja abaixo as projeções do FMI para o Brasil em 2015 e 2016:
Projeções
2015 2016
PIB -1,0% +1,0%
Inflação 7,8% 5,9%
Conta corrente (% PIB) -3,7% -3,4%
Taxa de desemprego 5,9% 6,3%
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