Comissões da Aprosoja apontam os desafios para 2015
A Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) planejou estratégias para os desafios que devem ser vencidos em 2015. Em linhas gerais, os objetivos são melhorar a comunicação com os produtores rurais e repensar o sistema de produção atual. “A sustentabilidade do negócio será foco e a participação do produtor é essencial neste processo”, diz Ricardo Tomczyk, presidente da Aprosoja.
O desafio está lançado para a Comissão de Defesa Agrícola, que tem a missão de repensar a agricultura para o futuro. A gerente da comissão, Franciele Dal’Maso, explica que, em geral, as condições de mercado e as tecnologias disponíveis, juntamente com as características agronômicas, fazem com que os produtores mato-grossenses intensifiquem a produção agropecuária. “Essas práticas precisam ser repensadas em longo prazo para que sejam sustentáveis”, diz.
A comissão irá trabalhar em conjunto com os integrantes da cadeia produtiva para discutir alternativas que não comprometam a sustentabilidade da produção. Outros pontos trabalhados são a classificação de grãos, a intensificação da pesquisa e da transferência de tecnologia e, ainda, o fortalecimento do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT).
A logística é tema permanente nas discussões e ações da Aprosoja. Para 2015, a Comissão de Logística priorizará as hidrovias, além de trabalhar com os outros modais. Uma das pautas é a implantação da hidrovia Rio das Mortes/Araguaia, que tem extensão de 1 mil quilômetros e parte de Nova Xavantiva. Este modal melhorará o escoamento da produção da região Leste de Mato Grosso e do sul do Pará, contribuindo também para a diminuição do custo de fretes.
Na hidrovia Paraguai – Paraná, a prioridade é a implantação no trecho Santo Antônio das Lendas, em Cáceres, até Corumbá (MS), para facilitar o escoamento da produção das regiões Oeste de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Ainda está no cronograma o acompanhamento da licitação das obras de derrocamento do Pedral do Lourenço, no Rio Tocantins, e dos Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEAs) das hidrovias Arinos/Juruena/Tapajós, Teles Pires/Tapajós, Paraguai/Paraná, Araguaia/Tocantins, Mercosul (RSe São Francisco/Rio Grande.
Na Comissão de Gestão da Produção e Propriedades, o foco é o associativismo. O objetivo é continuar fortalecendo e incentivando os produtores para que criem cooperativas ou condomínios para ter competitividade. “Com armazéns, por exemplo, diminui o impacto da falta de espaço para guardar a safra, de forma que o produtor reduz dependência das tradings. Com isso, a capacidade de compra de insumos melhora, e o produtor consegue preços melhores”, explica o coordenador da Comissão, Nelson Piccoli.
A comissão trabalhará também para fomentar a agroindustrialização, principalmente a utilização de milho na indústria de etanol e DDG (subproduto do milho). “O projeto Referência continua entre as prioridades, pois leva conhecimento para o produtor verificar os pontos fortes e fracos da gestão de sua propriedade”, finaliza Piccoli.
Já a Comissão de Política Agrícola irá focar no reestabelecimento da originalidade do Fethab, que são os investimentos em rodovias e habitação. “Além da ilegalidade, o desvio de função do fundo gera a incapacidade do Estado de realizar obras de infraestrutura”, explica Frederico Azevedo, gerente da comissão. Outra prioridade será o seguro rural, que teve sua obrigatoriedade prorrogada para julho de 2015. “O seguro hoje existente é um produto que não está adequado à realidade do agricultor”, diz Azevedo.
A questão do crédito para custeio e investimento também será tema das discussões neste ano. Segundo o gerente da comissão, este crédito deverá ser elevado por causa da situação econômica do Brasil. “Isso demandará da entidade esclarecimentos ao produtor sobre onde encontrar as melhores opções de financiamentos com juros adequados”, explica.
Na Comissão de Sustentabilidade Socioambiental, a discussão girará em torno da lei trabalhista, principalmente. “Vamos trabalhar para discutir modificações na legislação trabalhista que atendam os profissionais que estão no campo e o modo de trabalho em propriedades rurais, que é diferente do trabalho urbano”, explica a gerente Marlene Lima.
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