Ibope desta 5a.-feira: Dilma tem 39%, Aécio, 21%, e Campos, 10%
A pesquisa Ibope a a confiança em Dilma
A pesquisa Ibope divulgada há pouco revela algumas coisas que animaram a oposição e inquietaram o governo:
1)a tentativa de vitimização de Dilma Rousseff por causa dos xingamentos no Itaquerão não teve êxito.
2)o percentual de brasileiros que diz “confiar” em Dilma caiu de 48% para 41%; e dos que “não confiam” subiu de 47% para 52% – ou seja, sua rejeição cresceu.
Por Lauro Jardim
Eleições 2014
Ibope: Dilma tem 39%, Aécio, 21%, e Campos, 10%
Pesquisa indica que a disputa vai para o segundo turno. Aprovação ao governo Dilma cai, assim como a confiança na presidente
A presidente Dilma Roussef, o senador Aécio Neves e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (Antonio Cruz/ABr e Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)
Nova pesquisa eleitoral CNI/Ibope sobre a eleição presidencial mostra que a presidente Dilma Rousseff tem 39% das intenções de voto. Aécio Neves, do PSDB, tem 21% e Eduardo Campos, do PSB, 10%. Os votos brancos e nulos somam 13%. Como os dez concorrentes de Dilma têm, somados, 40% das intenções de voto, haveria segundo turno. A aprovação do governo Dilma é a menor registrada desde que a petista assumiu a Presidência, 31% - e se iguala à de julho do ano passado, na sequência dos protestos que sacudiram o país.
No levantamento anterior, divulgado em 22 de maio, Dilma aparecia com 40% das intenções de voto. Aécio tinha 20% e Campos, 11%. A pesquisa divulgada nesta quinta também simula um eventual segundo turno. Nesse cenário, Dilma venceria Aécio Neves com 43% dos votos, ante 30% do tucano. Os votos brancos e nulos somam 19%. Se a disputa fosse com Campos, Dilma manteria os 43% de votos, contra 27% do adversário. Nesse caso, os votos brancos ou nulos sobem para 21%. A margem de erro é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos.
Rejeição - Dilma também aparece com a candidata com maior índice de rejeição: 43% dos entrevistados afirmam que não votariam na petista de jeito nenhum. A taxa de Aécio é 32% e a de Campos, 33%. Dilma, contudo, é a candidata mais conhecida entre o eleitorado. Apenas 1% afirma que não a conhecia o bastante para opinar. Quando questionados sobre Aécio, o porcentual é de 20%. Campos é desconhecido de 25% do eleitorado.
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A pesquisa foi realizada entre os dias 13 e 15 de junho, na sequência da abertura da Copa do Mundo, em 12 de junho, quando a presidente foi alvo de vaias e xingamentos no estádio Itaquerão, em São Paulo. Foram ouvidas 2002 pessoas em 142 municípios.
Na chamada pesquisa instantânea, quando os nomes dos candidatos não são apresentados, Dilma tem 25% das intenções de voto. Aécio tem 11%, Eduardo Campos, 4%, e o ex-presidente Lula, 3%. Os votos brancos e nulos somam 16%.
Aprovação do governo - A pesquisa aponta ainda a queda na aprovação do governo Dilma Rousseff: entre março e junho deste ano, o número de entrevistados que avaliam o governo como ótimo ou bom cai de 36% para 31%. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha 75% de aprovação ao final de seu segundo mandato. O porcentual daqueles que consideram o governo ruim ou péssimo passa de 27% para 36%. Já o índice da população que aprova a maneira de governar da presidente Dilma cai para 44%. Ao todo, 50% dos entrevistados desaprovam a maneira de Dilma governar.
A confiança na presidente também caiu: 52% não confiam na presidente, ante 47% registrados em março. O levantamento constata que, quanto maior o grau de instrução, menor o índice de aprovação ao governo. Entre os entrevistados que têm até a quarta série do ensino fundamental, 44% consideram o governo ótimo ou bom. Entre aqueles com ensino superior, o índice cai a 22%.
Os principais problemas apontados no governo Dilma são saúde (78%), impostos (77%) e segurança pública (75%). Nota-se, portanto, que o programa Mais Médicos, uma das principais vitrines do governo e promessa que integrou os cinco pactos firmados por Dilma em meio aos protestos do ano passado, não surtiu efeito na popularidade da presidente. Outro carro-chefe da campanha petista, a política de combate à pobreza, tem 53% de desaprovação. A maioria dos brasileiros desaprova a atuação do governo em relação à política de combate à inflação. Ao todo, 71% dos entrevistados desaprovam a política monetária, mesmo resultado da pesquisa anterior, realizada em março.
Ainda conforme a pesquisa, 57% desaprovam a atuação do governo Dilma no combate ao desemprego no país, mesmo índice da sondagem anterior. A aprovação em relação à política de combate ao desemprego caiu de 40% para 37%.
O levantamento tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Um quarto da população não tem interesse nas eleições, diz CNI/Ibope
Mais de um quarto da população não tem qualquer interesse nas eleições que ocorrerão em outubro, quando serão escolhidos governadores, deputados federais, estaduais e presidente.
É o que mostra a pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quinta-feira (19). Segundo o levantamento, o interesse da população brasileira ainda é muito baixo.
Apenas 16% disseram ter muito interesse. Para 29% o interesse é médio, para outros 29% há pouco interesse e para 26% dos entrevistados há nenhum interesse.
O levantamento mostrou que, apesar da queda de cinco pontos percentuais napopularidade da presidente Dilma Rousseff, ela segue liderando as intenções de voto e venceria com folga no segundo turno.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
A pesquisa CNI/Ibope foi realizada entre os dias 13 e 15 deste mês e entrevistou 2.002 pessoas em 142 municípios no país. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) sob o número BR-00171/2014. Esta é a segunda pesquisa do ano. Ao todo, serão quatro.
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PESQUISA ESPONTÂNEA
Também foi apurada a intenção de voto espontânea da população, quando não são apresentados nomes para escolha dos entrevistados. Neste caso, Dilma ficou com 25% das escolhas, Aécio com 11% e Eduardo Campos com 4%.
O ex-presidente Lula foi lembrado por 3% dos entrevistados. Já a ex-senadora Marina Silva (PSB), aliada de Eduardo Campos, foi escolhida por 1% da população, mesmo percentual de Pastor Everaldo (PSC). Entre os entrevistados, 37% disseram não saber ou não responderam, e 16% votariam em branco ou nulo.
Popularidade de Dilma cai de 36% para 31%, aponta CNI/Ibope
A popularidade da presidente Dilma Rousseff caiu em junho em relação ao mês de março, aponta pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quinta-feira (19).
O percentual da população que avalia o governo Dilma como ótimo ou bom recuou cinco pontos percentuais, passando de 36% para 31%. Já o percentual dos que consideram seu mandato ruim ou péssimo cresceu de 27% para 33%.
A maior parte dos entrevistados afirmou não confiar na presidente, o que não ocorria desde julho do ano passado. O percentual dos que não confiam ficou em 52%, frente aos 47% registrados na última pesquisa. Do lado dos que dizem confiar, a redução foi de sete pontos percentuais, de 48% para 41%.
Houve queda ainda no percentual da população que aprova a forma de Dilma governar. Em junho, o índice recuou para 44% ante 51% registrado em março, quando os indicadores de popularidade e aprovação da presidente já haviam recuado frente a pesquisa feita em novembro de 2013.
A pesquisa foi realizada após a abertura da Copa do Mundo em São Paulo. Durante a partida inaugural do campeonato, no dia 12 de junho, Dilma foi alvo de vaias e xingamentos da torcida no estádio Itaquerão. O coro "ei, Dilma, vai tomar no c..." começou na ala VIP do estádio, mas se espalhou.
Contrariando o discurso público e privado do governo, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) afirmou nesta quarta-feira (18) que os xingamentos contra Dilma Rousseff na abertura da Copa do Mundo não partiram só "da elite branca".
Segundo Carvalho, a avaliação de que a gestão petista é corrupta "pegou", percepção que, partindo das classes alta e média, vem "gotejando" no setor mais pobre da população.
A pesquisa CNI/Ibope foi realizada entre os dias 13 e 15 deste mês e entrevistou 2.002 pessoas em 142 municípios no país. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) sob o número BR-00171/2014. Esta é a segunda pesquisa do ano. Ao todo, serão quatro.
POPULARIDADE
Os entrevistados da região Nordeste foram os que melhor avaliaram o governo de Dilma: 42% disseram considerá-lo ótimo ou bom. A queda na avaliação do governo foi maior nas regiões Sul, onde caiu 11 pontos percentuais, e na região Norte/Centro-Oeste, onde recuou 10 pontos percentuais.
A pesquisa nota que quanto maior o grau de escolaridade do entrevistado, menor é o percentual dos que indicam o governo da presidente como ótimo ou bom.
Segundo a CNI, entre os entrevistados com educação superior, o percentual é de 22%. Já entre os que estudaram até a 4ª Série da Educação Fundamental, a avaliação de ótimo ou bom passa para 44%.
A popularidade da presidente Dilma, hoje em 31%, já esteve em 63% em março de 2013. Após as manifestações de junho do ano passado, houve uma queda expressiva no percentual de pessoas que avaliavam seu governo como ótimo ou bom. No final de 2013, este índice subiu, mas agora voltou ao patamar registrado imediatamente após os protestos.
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