Delúbio esconde o rosto ao ser removido para Superintendência da PF
O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares chegou na tarde deste sábado à Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Ele foi conduzido no banco de trás de um carro descaracterizado da corporação. O mensaleiro tentava se esconder, abaixado e coberto por um terno cinza.
O carro foi cercado por cerca de trinta militantes petistas que, com bandeiras vermelhas, gritavam palavras em favor do partido. Delúbio também evitou mostrar o rosto no curto trajeto entre o carro e o prédio da PF.
Delúbio e Jacinto Lamas, ex-tesoureiro do PR, são os dois mensaleiros presos em Brasília. Eles vão aguardar a chegada dos outros nove condenados detidos - inclusive José Genoino e José Dirceu, que partiram de São Paulo na tarde deste sábado. Os réus detidos em Belo Horizonte também devem seguir neste sábado para Brasília, de acordo com a Superintendência da Polícia Federal na capital mineira. O ex-tesoureiro se entregou no fim da manhã, no prédio da sede da Polícia Federal. A decisão do petista contrariou as expectativas, já que ele deveria se entregar na Superintendência da PF. Delúbio foi condenado a oito anos e onze meses de prisão pelos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha.
Já o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, cuja defesa também prometia que se entregaria neste sábado, fugiu para a Itália.
Há pelo menos 45 dias ele deixou clandestinamente o Brasil para se esconder no país europeu, fazendo uso de sua dupla cidadania. Às 11h45, o delegado de plantão Marcelo Nogueira recebeu do advogado Marthius Lobato um telefonema confirmando que o réu não se entregaria.
Com a chegada de todos em Brasília, prevista para 17h deste sábado, o grupo deve ser removido para o Centro de Progressão Penitenciária (PCC), onde começarão a cumprir pena. Todos os onze réus serão alocados inicialmente no regime semiaberto.
STF deverá abrir celas e frustrar manobra de mensaleiros
Advogados dos condenados no mensalão pretendem alegar falta de vagas no regime semiaberto para pedir que os presos cumpram as punições em casa
A estratégia de advogados dos condenados no mensalão de alegar falta de vagas no regime semiaberto para cumprir as punições em casa deve ser frustrada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A intenção de ministros da Corte é de abrir vagas para os réus nesses estabelecimentos penais, mesmo se nas unidades da federação onde moram exista uma superpopulação carcerária.
O Supremo expediu doze mandados de prisão contra condenados na ação penal. Desses, seis são para cumprimento da pena em regime semiaberto, quando os réus, com autorização da Justiça, podem sair do presídio durante o dia, mas tem de voltar para dormir na cadeia. No grupo, estão o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares, que já começam a cumprir pena por corrupção ativa.
Ao menos no Distrito Federal, para onde os presos estão sendo trazidos, o subsecretário do Sistema Penitenciário da capital do país, João Feitosa, admitiu que há superlotação carcerária nos presídios de regime fechado e semiaberto. O subsecretário, contudo, disse que há celas reservadas para os condenados no mensalão. "Não existe essa possibilidade (de progressão de regime)", afirmou. "Estamos preparados para recebê-los", completou.
Se ficar na capital, o operador do mensalão, Marcos Valério, ficará numa cela individual na Papuda, presídio de regime fechado, na mesma ala onde está o deputado Natan Donadon (sem partido-RO). Se passar pela mesma situação, Dirceu, Genoino e Delúbio vão dividir celas coletivas, mas separados dos demais detentos.
A Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo, onde vivem diversos condenados, informa dispor de celas em dois presídios para abrigar condenados em regime semiaberto.
O “preso político” do governo petista
O mensaleiro José Genoino em pretenso tom épico que está indo para a cadeia na condição de “preso político”.
Beleza. Mas um “preso político” no governo do PT e sob um STF que tem oito entre seus onze integrantes indicados por presidentes da República petistas?
Por Lauro Jardim
Pizzolato: em 2012 ele deu sinais de que fugiria
Em setembro de 2012, o mensaleiro fujão Henrique Pizzolato já deixara os ministros do STF sobressaltado, quando deixou o país sema visar, em pleno julgamento do mensalão, e foi para a Itália. J
á àquela altura suspeitava-se que, de posse do passaporte ittaliano, daria um ciao definitivo ao Brasil. (leia mais em Cadê o Pizzolato?).
Em outubro, acabou voltando (leia mais em Será que ele volta?), talvez com a esperança de que chicanas e recursos infinitos o mantivessem bem longe da cadeia.
Não há dúvida que o STF poderia ter se precavido para não tomar um drible do novo herói de alguns petistas.
Por Lauro Jardim
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